
Prezados (as) Senhores (as)
O GLICH realizou entre os meses de julho á agosto de 2009 uma pesquisa entre o público de Gays e Travestis feirense com o intuito de mensurar o nível de realizações do exame do HIV/AIDS entre esta população.
A pesquisa fez parte do projeto de prevenção da 8º Parada Gay de Feira de Santana que teve o financiamento do Departamento Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde.
Durante os três meses de pesquisa foram entrevistados 130 gays e travestis na sede social do grupo que responderam a um questionário com oito perguntas.
A pesquisa revelou que 75% dos membros freqüentadores do GLICH são jovens entre
A pesquisa revelou também que 32% deste público nunca realizaram o exame do HIV e 15% só realizou uma única vez, num total de 47%.
85% responderam não terem medo de realizar o exame e dos que realizaram só 10% afirmaram que já fizeram uma ,ou mais, de uma vez e não foram buscar o resultado.
Apesar de a pesquisa apontar que 47% nunca fizeram ou só fizeram uma vez o exame, a mesma aponta que 98% dos entrevistados responderam que sentem vontade de realizá-lo.
O mesmo 98% acha importante realizar periodicamente o exame, perguntados se exame negativo é motivo para pratica do sexo sem preservativos 5% respondeu que sim, 5% que talvez e 90% respondeu que não.
A pesquisa nos chamou a atenção para dois fatores apontados como grandes desafios para o grupo na área de promoção da saúde, acesso e prevenção LGBT.
A primeira é descobrir por que um número tão grande de pessoas não se sentem motivadas a realizar o exame do HIV, já que 85% não tem medo de submeter-se ao teste. O que falta então pra esta população realizar o exame?
Outra preocupação do GLICH foi perceber que o público com idades mais avançadas são minorias entre os visitantes do Grupo. Durante a pesquisa nenhum membro a cima de 55 anos foi identificado entre os entrevistados.
Lugares como saunas e cinemas eróticos revelam que esta população tem vida sexual ativa e que ações de promoção a saúde e qualidade de vida precisam ser intensificadas entre este público.
Entre as travestis ou transexuais a realidade é ainda mais procupante, sendo dificil encontrar alguma a cima dos 40 anos, entre os anos de
O próximo passo do GLICH agora é apresentar o resultado da pesquisa aos órgãos públicos competente para juntos criarmos estratégias que visem estimular este público a realização dos exames do HIV, assim como, assumir estratégias para as praticas do sexo protegido.
A pesquisa foi pensada e aplicada após o grupo perceber o grande número de diagnósticos tardios entre o público de gays e travestis que fatalmente resultaram em óbitos.
A não realização dos exames precoce ou a realização tardia tem comprometido a vida de muitas pessoas.
O que precisamos descobri é o que leva essas pessoas a não procurarem os serviços de saúde para realização do exame, precisamos rediscutir os nosso papeis e de que forma os serviços por nós prestados no coletivo possa ser capaz de influenciar e mudar o comportamento no individual.
Sabemos que a qualidade de vida de uma pessoa com HIV/AIDS está diretamente ligada ao conhecimento da sua sorologia e o acompanhamento continuo da sua assistência e tratamento.
A vivência e o acompanhamento de membros do GLICH que já convivem há mais de 10 com o vírus nós dá a certeza de que é sim possível se viver com HIV/AIDS e que o diagnostico precoce foi importantíssimo na vida destas pessoas.
Após a pesquisa temos a nítida certeza que precisamos aprofundar nossas discussões em torna da descentralizaçã o de exames, assim como melhorar e ampliar o acesso desta população ao Teste Rápido.
Grato,
Rafael Carvalho-GLICH
Presidente.
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