Cerca de 500 pessoas se reuniram nesta quarta-feira na praça dos Três Poderes para a 3ª Marcha Nacional contra a Homofobia, segundo Polícia Civil. Participaram representantes de partidos políticos, organizações não governamentais e entidades de classe.
Os organizadores esperavam cerca de 1,5 mil pessoas de todos os estados do país, mas a chuva que caia sobre Brasília desde ontem (15) atrapalhou o início da manifestação de manhã.
Uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento, foi estendida em frente ao Palácio do Planalto. Da praça, os manifestantes seguiram em caminhada até a frente do Congresso Nacional, onde o Senado promoveu ontem (15) uma audiência pública para debater projeto que criminaliza a homofobia.
Nesta quinta-feira (17) comemora-se o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia.
Os manifestantes pediam que o governo federal defina um orçamento para financiar o Plano de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania LGBT, para a elaboração e a aplicação de políticas públicas voltadas a gays, lésbicas, travestis e transexuais.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, é importante haver um "tripé" do combate à discriminação: educação, criminalização e laicização (para impedir que posições religiosas se sobreponham aos assuntos de Estado). De acordo com Reis, o Planalto sinalizou que a previsão orçamentária para o plano poderá ser anunciada em três meses.
A ONU no Brasil também prestou apoio ao movimento. O coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Pedro Chequer, disse que a posição da ONU "está na vertente dos direitos humanos".
Os manifestantes também defenderam a aprovação do Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia, de 2006. Se aprovada, a norma deverá ser conhecida como Lei Alexandre Ivo, em homenagem ao adolescente de 14 anos assassinado em 2010, em São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro), vítima de homofobia.
A lei, já aprovada na Câmara, tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal. Falta ainda passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que vá a votação no plenário da Casa. Ontem (15), o Senado promoveu uma audiência pública para debater o projeto.
Fonte: Folha.com
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