A discriminação de um membro da Igreja Batista da Graça, em Vitória da
Conquista, ganhou proporção estadual, e em nota divulgada na tarde dessa
terça-feira (10), Fórum Baiano Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,
Transexuais e Transgêneros (LGBT), repudiou o fato e saiu em defesa do
pastor Sérgio Emílio Meira Santos, que prestou queixa contra o que
considera uma prática homofóbica ocorrida dentro de sua congregação. Na
denúncia, o religioso informou que um adolescente de 16 anos, membro da
igreja, estaria sofrendo constrangimentos em função de sua orientação
homossexual, o que teria acarretado, inclusive, sua demissão da condição
de pastor em função da defesa que fez para que o jovem continuasse
frequentando a igreja. “Entendemos que a luta pelos direitos humanos,
independente dos locais frequentados pelos LGBT, devem ser pautada na
concepção desses direitos como o conjunto de condições de dignidade e
integridade física e psicológica inalienáveis a qualquer pessoa.
Conclamamos toda a sociedade de Vitória da Conquista e da Bahia a não
mais ocultar casos como esses, afinal é necessário romper padrões
dominantes, uma vez que os direitos civis e a vida digna têm que ser os
parâmetros para tomada de decisão, incluindo a criminalização de
quaisquer atos que contrariem essa premissa”.
Com informações do Blog do Anderson
Nota
Pública do Fórum Baiano LGBT em solidariedade a pastor evangélico
de Vitória da Conquista
O Fórum
Baiano LGBT, formado por 48 entidades que lutam pela promoção e
cidadania dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais do Estado da Bahia, vem por meio desta nota
solidarizar-se com ao pastor da Igreja Batista da Graça, Sérgio
Emílio Meira Santos, que prestou queixa contra o que considera uma
prática homofóbica ocorrida dentro de sua congregação, localizada
no município de Vitória da Conquista-Bahia.
Na denúncia, o religioso informou que um adolescente de 16 anos, membro da igreja, estaria sofrendo constrangimentos em função de sua orientação homossexual, o que teria acarretado, inclusive, sua demissão da condição de pastor em função da defesa que fez para que o jovem continuasse freqüentando a igreja.
Entendemos que a luta pelos direitos humanos, independente dos locais frequentados pelos LGBT, devem ser pautada na concepção desses direitos como o conjunto de condições de dignidade e integridade física e psicológica inalienáveis a qualquer pessoa.
Conclamamos toda a sociedade de Vitória da Conquista e da Bahia a não mais ocultar casos como esses, afinal é necessário romper padrões dominantes, uma vez que os direitos civis e a vida digna têm que ser os parâmetros para tomada de decisão, incluindo a criminalização de quaisquer atos que contrariem essa premissa.
Colegiado
do Fórum Baiano LGBT
Pastor
conquistense denuncia homofobia dentro de sua própria igreja
O
pastor da Igreja Batista da Graça, Sérgio Emílio Meira Santos,
compareceu agora à tarde ao Distrito Integrado de Segurança
Pública/Disep para prestar queixa contra o que considera uma prática
homofóbica ocorrida dentro de sua congregação. Segundo o
religioso, um adolescente de 16 anos, membro da igreja, estaria
sofrendo constrangimentos em função de sua orientação
homossexual, o que teria acarretado, inclusive, sua demissão da
condição de pastor em função da defesa que fez para que o jovem
continuasse freqüentando a igreja.
Inconformado
com a situação, o pastor esteve hoje, acompanhado do pai do
adolescente, Carlos André da Silva, na sala da delegada plantonista
Carla Rodrigues, a quem narrou toda a situação. Logo depois, pai e
filho prestaram queixa contra integrantes do conselho administrativo
da Igreja. Entre as pessoas citadas, está a ex-vereadora e
vice-presidente do Conselho, Helita Figueira que, segundo informou o
pastor, teria manifestado publicamente durante um culto da igreja sua
insatisfação quanto à freqüência do jovem homossexual na
congregação, fato relatado à delegada Carla Rodrigues.
Segundo
o pastor, a opção sexual do adolescente motivou uma reunião do
conselho, quando ele voltou a defender que, com base nas Escrituras
Sagradas, não poderia, “em hipótese nenhuma”, negar a
freqüência do adolescente aos cultos, inclusive na condição de
músico. Logo depois – lembra o pastor – recebeu em casa uma
carta assinada por membros do conselho informando sobre sua demissão
do cargo. Entre outras coisas, alegava-se que o mesmo não estaria
cumprindo a contento suas atribuições de pastor. Para ele, as
alegações foram apenas uma “nuvem de fumaça” para encobrir os
reais motivos da demissão.
“Sei que houve uma reunião na casa de um membro do corpo administrativo da Igreja Batista da Graça, reunião que teria ocorrido no dia 23 de dezembro, e um dos assuntos discutidos é que eu haveria colocado uma pessoa de orientação sexual homossexual para tocar o teclado e por isso eu não poderia continuar como pastor dessa igreja. E o que me surpreendeu é que eu presidi o culto no dia 31 de dezembro, presidi a escola dominical e o culto do dia 1 de janeiro, com todos os membros presentes, e nada foi falado sobre minha saída da Igreja. Mas no dia 02 de Janeiro, sem comunicação aos membros da igreja, que é dirigida pela sua assembléia geral, um táxi, de forma anônima, entregou a carta ao meu pai, que não é uma pessoa evangélica. No decorrer dessa balbúrdia, descobrimos que um dos assuntos tratados na reunião da vice-presidente do Conselho Administrativo (Helita Figueira) é que eu não tinha condições de continuar pastor uma vez que coloquei um homossexual tocando teclado”.
“Sei que houve uma reunião na casa de um membro do corpo administrativo da Igreja Batista da Graça, reunião que teria ocorrido no dia 23 de dezembro, e um dos assuntos discutidos é que eu haveria colocado uma pessoa de orientação sexual homossexual para tocar o teclado e por isso eu não poderia continuar como pastor dessa igreja. E o que me surpreendeu é que eu presidi o culto no dia 31 de dezembro, presidi a escola dominical e o culto do dia 1 de janeiro, com todos os membros presentes, e nada foi falado sobre minha saída da Igreja. Mas no dia 02 de Janeiro, sem comunicação aos membros da igreja, que é dirigida pela sua assembléia geral, um táxi, de forma anônima, entregou a carta ao meu pai, que não é uma pessoa evangélica. No decorrer dessa balbúrdia, descobrimos que um dos assuntos tratados na reunião da vice-presidente do Conselho Administrativo (Helita Figueira) é que eu não tinha condições de continuar pastor uma vez que coloquei um homossexual tocando teclado”.
Blog do Anderson
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