Há 15 dias que o clima entre o deputado Pastor Sargento Isidório (PSB) vem esquentando com a Rádio Metrópole. Isso porque, o jornal Metro1 divulgou uma reportagem que apura denúncias contra a Fundação Dr. Jesus, liderada pelo político.
Agora, um vídeo no qual o Metro1 teve acesso deve complicar ainda mais a situação do pastor. De acordo com a Metrópole, as imagens relatam supostas penalidades impostas a internos da Fundação Dr. Jesus, em Candeias, usado na campanha eleitoral de 2010.
De acordo com o próprio Metro1, nas imagens, o socialista aparece com um pedaço de madeira com cerca de um metro, denominado “Tereza”. O objeto seria usado para aplicar castigos físicos contra internos com mau comportamento. “Tereza é a responsável pela disciplina da casa. (…) É com barrote que a gente resolve problema de gente sem vergonha”, afirma. Apesar dos detalhes dos relatos, Isidório chega a dizer que tudo não passa de uma brincadeira. Porém, quem acompanhar os cerca de 10 minutos de descrição dos corretivos aos quais internos seriam submetidos não deverá ter a mesma impressão.
Ainda conforme o jornal, outra denúncia feita pelo Jornal da Metrópole, que diz respeito ao racionamento alimentar para quem não anda na linha dentro da Dr. Jesus, também deve ganhar força após a divulgação desta gravação. Em determinado momento do registro, que originalmente tem cerca de 1h20 de duração, um letreiro torna presumível outra acusação grave, também negada pela instituição e seu líder: a de que internos insubordinados seriam castigados com corte na alimentação. “Com o Pastor Sargento Isidório, quem erra vai pra camisa vermelha”, diz um letreiro no vídeo, em caixa alta. Logo após, o parlamentar comenta, em tom de deboche, o resultado de quem é condenado a usar o uniforme. “Quando aqui erra, aqui bota na camisa vermelha. A camisa vermelha [quem usa] não gosta de carne, peixe, frango, quiabada. Não toma café de manhã porque não quer bolacha, não come pão”, diz Isidório a pacientes da ala feminina.
O Ministério Público Estadual (MP-BA) irá verificar, por meio da 3ª Promotoria, de Candeias, se as denúncias de violação dos direitos humanos na entidade são procedentes. A promotora titular da cidade, Maria Eugênia Passos, instaurou um procedimento para apurar as denúncias de irregularidades na Fundação. “Já baixei a Portaria 008/2012 e trabalharei nisso a partir de segunda (11/6), com base no material publicado pela Metrópole”, adiantou à equipe do Jornal.
As deúncias foram veiculadas dos dias 25/5 e 1º/6.
A briga
Conforme o Metro1, além de ter ameaçado levar um verdadeiro exército de seguidores para acampar na sede do Grupo Metrópole (mais de mil pessoas), o deputado Isidório agora promete recorrer à Justiça contra as matérias jornalísticas. Na terça-feira (12), ele vai ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e ao Fórum Criminal, em Sussuarana, para interpelar criminalmente o deputado estadual Luciano Simões (PMDB), que questionou os critérios de repasses de verbas a ONGs, e a equipe do Jornal da Metrópole, para que respondam sobre as denúncias feitas contra a Fundação Dr. Jesus.
Outras denúncias
O Conselho Estadual de Entorpecentes recebeu, há cerca de um ano, denúncias graves contra os métodos antiquados utilizados no tratamento de dependentes químicos da Fundação Dr. Jesus, em Candeias, presidida pelo deputado Pastor Sargento Isidório (PSB). Entretanto, segundo o site Política Livre, não há confirmação sobre a apuração ou arquivamento das denúncias.
Fonte: Teixeira Agora
2 comentários:
CONVIVO COM O PASTOR IZIDORIO A MAIS DE 18 ANOS QUANDO ELE COMEÇOU LEVAR AS PESSOAS PRA CASA DELE, E NUNCA VI UMA PESSOA SEQUER SENDO ESPANCADA, AQUILO NAO PASSA DE UM TEATRO E BRINCADEIRAS QUE ELE FAZ, APESAR DE ESTAR RECEBENDO TAMBEM PESSOAS DE ALTA PERICULOSIDADE, MAS VAI AQUI UM CONSELHO PRA MARIO KERTES E BOCAO, PORQUE ELES NAO ABREM A CASA DELES PRA RECEBER OS INTERNOS E TRATA-LOS COM MAIS CARINHO VAI VER ASSIM ISIDORIO APRENDE COM ELES.
Tenho dois amigos internados nessa fundação e vou sempre visitá-los. Digo! Não existe agressão. Embora exista homens e muleques que a mereçam. Chegam sem educação, desrepeitando o lugar, cheios de vontades, achando que o lugar é um retiro, spa ou hotel. Ali, garanto, mães, pais e famílias inteiras encontram esperança de dias melhores. Tentar achar solução para o crack ninguém procura, agora reclamar de quem tenta é muito fácil. Na fundação há recuperação da escória que ninguém quer perto, pessoas acabadas pelo vício do crack, pobres, sem nenhuma perspectiva que ganharam uma chance. Não sou crente nem partidário do deputado, tenho amigos que estão lá há 4 meses e já são outras pessoas, quase recuperadas. Ontem eram zumbis, mendigos, sujos que roubavam tudo de dentro da casa da mãe e hoje são jovens saudavéis que pensam em estudar e trabalhar.
Lucas
dr.paxeco@ig.com.br
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