O norte-americano Timothy Kurek (ao centro na foto) resolveu passar por uma situação inusitada. Criado em escolas cristãs e por uma família conservadora, Timothy era homofóbico convicto e um belo dia chegou para os seus amigos e familiares e disse que era gay.
Só que era tudo de mentirinha. Timothy queria se passar por homossexual para escrever um livro sobre a experiência, entender o que acontece no processo de saída do armário e qual a reação das pessoas com relação a isso. O resultado pode ser conferido no livro "Jesus in Drag".
Só que era tudo de mentirinha. Timothy queria se passar por homossexual para escrever um livro sobre a experiência, entender o que acontece no processo de saída do armário e qual a reação das pessoas com relação a isso. O resultado pode ser conferido no livro "Jesus in Drag".
"Eu saí do armário para todos! Meus parentes, meus amigos, todo mundo. Quando tudo isso começou eu não estava pensando em um livro. Eu simplesmente precisava entender, da forma mais realista, como ser gay poderia afetar a minha vida. A experiência social exigia tudo ou nada. Só pouquíssimas pessoas sabiam o que eu estava fazendo", disse o autor, que mora em Seattle, em entrevista ao "Huffington Post".
Timothy revelou que foi aceito por muitas pessoas, mas aonde mais enfrentou preconceito foi dentro da própria casa. Sua família, muito religiosa, associava a todo momento a homossexualidade ao pecado.
A encenação toda durou um ano e a coisa foi tão séria, que um amigo de Timothy chegou a fingir ser namorado dele. "Mas eu tinha carta branca para sair de situações que eu considerasse muito desconfortáveis", contou.
O autor disse que a experiência o ajudou a ser mais tolerante e deixar de lado a sua homofobia. Na entrevista, ele também relembrou de forma bem-humorada como foi a primeira vez que pisou numa clube gay.
"Em toda a minha vida eu nunca estive cercado de tantos gays. Nunca me senti tão desconfortável. Em poucos minutos um cara me assediou na pista de dança. Ele não vestia camisa e tinha o corpo coberto de óleo para criança e glitter. Eu não sabia se dava um soco nele ou se ia fumar um cigarro após o fim da música. Ele na verdade era um cara legal, mas tudo o que eu tinha aprendido na escola cristão me dizia que se tratava de um predador sexual e um depravado. Estava irracionalmente com medo. Eu não estava na mesma sintonia que o lugar na primeira noite. Eu só me lembro do medo".
Será que o Bolsonaro não topa fazer um test-drive também?
Fonte: A Capa
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