Segundo testemunhas, as jovens possuíam um relacionamento amoroso e caminhavam de mãos dadas no momento do atentado
Duas jovens foram assassinadas a tiros no final da noite desta sexta-feira (24), na rua Alto da Cruz, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. Segundo testemunhas, as jovens possuíam um relacionamento amoroso e caminhavam de mãos dadas no momento do atentado.
As duas jovens, identificadas como Lais Fernanda Pereira dos Santos, 25 anos, e Maira Dias de Jesus, 22, foram atingidas com tiros na cabeça e morreram na hora. Segundo investigação preliminar do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os tiros teriam partido de um único atirador.
A polícia, entretanto, não confirmou se o crime tem relação com o envolvimento amoroso entre as jovens. Os corpos foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) do município.
Homofobia em Camaçari
Em junho deste ano, dois irmãos foram confundidos com um casal de homossexuais e um deles foi assassinado em Camaçari. O caso de homofobia ganhou repercussão nacional.
Os irmãos gêmeos José Leandro da Silva e José Leonardo, 22 anos, voltavam de uma festa abraçados quando foram abordados por um grupo que pensaram que eles eram gays. Os dois foram espancados. José Leonardo morreu após ficar internado em estado grave após ter sido agredido na cabeça com um paralelepípedo.
"A gente foi agredido por chute, murro, soco. Aí eu perguntei o que foi. 'É duas mulherzinhas'. Chamavam a gente de 'mulherzinhas'. Eu acho que é a homofobia que está surgindo no mundo aí, que homem não pode sair abraçado com outro homem, pai não pode abraçar um filho. Quero que a Justiça vá até o fim. Meu irmão era minha alma gêmea. Trabalhava junto, a gente saía, a gente se divertia junto. Foi uma perda muito grande. É uma dor que eu nunca vou superar", contou José Leandro à época.
"A gente foi agredido por chute, murro, soco. Aí eu perguntei o que foi. 'É duas mulherzinhas'. Chamavam a gente de 'mulherzinhas'. Eu acho que é a homofobia que está surgindo no mundo aí, que homem não pode sair abraçado com outro homem, pai não pode abraçar um filho. Quero que a Justiça vá até o fim. Meu irmão era minha alma gêmea. Trabalhava junto, a gente saía, a gente se divertia junto. Foi uma perda muito grande. É uma dor que eu nunca vou superar", contou José Leandro à época.
Fonte: Correio da Bahia
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