Arco-íris inflável do orgulho LGBT, exposto na Av. Paulista, abre semana de comemorações da 14ª Parada do Orgulho Gay
Poucas horas depois de instalado, o arco-íris já chamava a atenção dos pedestres. O arquiteto Ednaldo Santos, de 43 anos, disse que assim que viu pensou na Parada. "Todas as reivindicações são válidas, principalmente essas que buscam os direitos humanos", comentou.
O estudante Leonardo Ha, de 14 anos, concordou com o arquiteto e ressaltou que essa é uma ótima oportunidade para ações de prevenção ao HIV.
Já a publicitária Catarina Martins, 25 anos, lembrou que a Parada Gay contribui para o turismo na cidade. "Pessoas veem de outros estados e países para a Parada e isso ajuda na economia".
O artista
Otávio Donasci, autor do gigante arco-íris, nasceu em São Paulo. Mestre em artes plásticas e performer multimídia, ele já teve seus trabalhos expostos com outros artistas de renome dos Estados Unidos, França, Alemanha e Japão.
O Camarote
Em sua oitava edição, o Camarote Solidário, que tem o apoio do Condomínio Conjunto Nacional e da DKT do Brasil, reúne profissionais das áreas da comunicação e saúde, artistas e ativistas que trabalham pelos direitos dos gays, das lésbicas, dos bissexuais, das travestis e transgêneros e das pessoas que vivem com HIV. Todos prestigiam a passagem da Parada em um lugar privilegiado na Avenida Paulista .
Idealizado pela editora executiva da Agência de Notícias da Aids, o camarote arrecada alimentos para casas de apoio às pessoas com HIV e aids. No ano passado foram arrecadados mais de duas toneladas de mantimentos. " Espero que nesta edição possamos repetir o sucesso que já tivemos. Desta forma mais casas de apoio poderão ser contempladas com a distribuição dos mantimentos", diz a jornalista Roseli Tardelli.
A Parada
Em 1997, cerca de 2 mil pessoas reuniram-se num chuvoso dia 28 de junho para ocupar a Avenida Paulista e caminhar em marcha até a Praça Roosevelt, no centro da cidade, e protestar contra a discriminação e violência sofridas constantemente pela população LGBT. Puxadas por uma perua Kombi com uma caixa de som em cima, gritavam palavras de ordem: “Somos muitos e estamos em todas as profissões!”.
No ano seguinte, outras 5 mil pessoas somaram-se às que haviam iniciado a manifestação. Desse modo, a cada edição o número quase que dobrava, a Kombi foi substituída por 20 trios elétricos e, uma década depois, 3,5 milhões de pessoas formavam a maior Parada do Orgulho LGBT do mundo.
A 14ª Parada do Orgulho LGBT " Vote contra a homofobia: defenda a cidadania!”
Talita Martins (Agência de Notícias da AIDS)
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