"Toda a sociedade é pedófila" e "todo adolescente é espontaneamente homossexual" são pérolas proferidas por dom Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre, durante a 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Brasília.
Estas declarações são mostras desesperadas da Igreja Católica Romana que tenta desviar a gravidade do que está acontecendo dentro da Igreja e quanto mais tenta justificar a enxurrada de acusações de pedofilia contra padres e bispos em diferentes regiões do mundo, mais a Igreja se afunda no poço das suas contradições.
Mas, mais grave ainda, é querer associar a pedofilia à homossexualidade, pois todos nós sabemos que a pedofilia é crime, uma forma de abuso sexual de adultos cometidos contra crianças e adolescentes, sejam eles do sexo masculino ou feminino. O SOMOS e o movimento LGBT brasileiro e internacional também condenam a pedofilia e nos estatutos da entidades comumente este ítem aparece de forma explicitada, pois são instituições que lutam por Direitos Humanos.
E, por isso, o ideal é combater este crime, seja ele cometido por quem quer que seja, inclusive pela própria Igreja e é importante salientar que encobre um crime, também é considerado criminoso e deveria ser punido, conforme prevê a legislação.
Para Alexandre Böer, um dos diretores do SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade, "Ninguém está acima da lei e os padres pedófilos deveriam responder por estes crimes, como qualquer cidadão comum", afirma.
O prório Bento 16 já foi denunciado pela imprensa americana, com a revelação de documentos do Vaticano, por ter acobertado ao menos dois casos de pedofilia, quando ainda comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, na época responsável pela expulsão da Igreja do frade brasileiro Leonardo Boff.
As denúncias crescem em progressão geométrica desde que foi aberta uma linha telefônica, em março, na Alemanha, terra natal do Papa, para receber denúncias anônimas por vítimas de pedofilia. Quase 15 mil denúncias foram feitas em apenas uma semana, o mesmo número de um relatório da Igreja Católica na Irlanda, publicado no ano passado, segundo informa a repórter Luciana Coelho, da Folha, em Genebra.
O movimento LGBT internacional não deixará essa associação acontecer e estão engajados na campanha "a pedofilia é um crime, a homossexualidade, não".
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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