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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Espanha quer tirar transexualidade da lista da OMS

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Vinte anos depois da homossexualidade ter saído da lista de doenças da Organização Mundial de Saúde, o governo espanhol exige a retirada da disforia de gênero.

Este pedido à OMS partiu da iniciativa dos ministérios da Igualdade, Saúde e Negócios Estrangeiros do governo de Zapatero, que se propõe "avançar na difusão e promoção dos valores da igualdade", diz um documento oficial citado pelo diário espanhol Publico.

"Uma vez mais se demonstra o compromisso do Governo com os colectivos historicamente discriminados, neste caso um dos mais castigados. Tiramos assim da estigmatização 30 mil transexuais, segundo os cálculos da Fundação para a Identidade de Género", afirmou o deputado socialista Daniel Mendéz, autor dum projecto de lei que ia no mesmo sentido da proposta do executivo e até mais longe, ao reclamar do governo que intercedesse junto de Washington para retirar a disforia de género da lista do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais da Associação de Psiquiatria dos EUA (DSM-IV).

"Esta é uma batalha em que o Governo se tornou numa referência em todo o mundo, e é razoável que agora volte a sê-lo. Parece mentira que os transexuais ainda não sejam considerados oficialmente cidadãos como os outros. Está a demorar demasiado", lamenta Daniel Mendéz.

A despatologizaçã o da transexualidade é uma das reivindicações do movimento LGBT, que está a organizar uma campanha internacional para que isso se torne uma realidade na revisão em 2012 do manual da Associação de Psiquiatria dos EUA e, em 2014, do manual da Organização Mundial de Saúde.

O Congresso Internacional de Identidade de Género e Direitos Humanos estará reunido nos dias 4 e 5 de Junho em Barcelona e terá esta reivindicação em destaque na manifestação já marcada para a capital catalã.

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