Filme As Melhores Coisas do Mundo trata de temas fortes em meio ao cotidiano teen
Pai que se separa da mulher para viver com namorado. Filhos que são agredidos na escola, leia-se bullying. Lésbica perseguida por colegas. Temas fortes ganham foco e leveza ao serem tratados a partir do universo adolescente numa escola de São Paulo e rendem ao filme "As Melhores Coisas do Mundo" todos os elogios.
Apesar do comercial vender o longa como um episódio de "Malhação", o filme é o oposto do que se vê na novela teen global, ainda que tenha no elenco do ator Fiuk, o mesmo da trama adolescente da Globo.
O protagonista Francisco Miguez, que faz um adolescente de 15 anos chamado Mano, vive as histórias de todo jovem nessa idade: virgindade, primeiro amor, masturbação e um conflito ainda maior que é a separação dos pais.
Para ele, o drama familiar se torna um pesadelo ao descobrir que o pai trocou a mãe por outro homem. Também tem que enfrentar a crise amorosa do irmão de 17 anos que chega ao extremo.
O ambiente escolar se insere nos conflitos do personagem como o reflexo de tudo na vida dos adolescentes e aí, o filme carrega outra lição, a de que professores e diretores não estão preparados para lidar com o preconceito, a sexualidade diferente e a violência no ambiente escolar.
Dirigido pela paulista Laís Bodansky (Bicho de Sete Cabeças), o longa foi aplaudido de pé no CINE PE, o festival de cinema de Pernambuco e ganhou 8 prêmios, inclusive de melhor direção.
Com 2.500 espectadores no teatro gigante do Centro de Convenções assistindo ao filme ao lado da diretora foi possível sentir bem as reações aos conflitos do longa. A de espanto ao se descobrir que o pai era gay. A de emoção nas cenas das descobertas adolescentes. E a de encantamento com a sessão de aplausos no final.
Fonte: ATHOS GLS
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