Evento realizado no stand da ONU reniu gestores, ativistas e participantes do Congresso
A iniciativa quer dar voz e notoriedade aos direitos humanos de estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas. “Igual a Você” é uma campanha contra o estigma e o preconceito dando voz e visibilidade aos direitos humanos das populações alvo da campanha. Produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, os filmes apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração às diversidades de idade, raça, cor e etnia.A campanha surge como uma iniciativa contra as violações de direitos humanos e desigualdades, especialmente nas áreas da saúde, educação, emprego, segurança e convivência. Trata-se de uma oportunidade de sensibilização da sociedade brasileira para o respeito às diferenças, que caracterizam cada um dos grupos sociais inseridos na campanha, reafirmando a igualdade de direitos.
Durante os Congressos que acontecem em Brasília, a campanha foi exibida e lançada no stand das Nações Unidas. O diretor do Unaids Brasil, Dr. Pedro Chequer lembrou que os depoimentos foram feitos por voluntários.” Considero todas as participações importantes para que, na vida real, possam colaborar com a redução do estigma e dos preconceitos. É uma maneira de enfrentar o HIV ”. Jaqueline Cortês, também do Unaids e uma das coordenadoras do trabalho, é personagem da campanha. Segundo ela, a intenção é promover o debate. “Dá, por exemplo, para entre a novela e o comercial mostrar alguns trechos da campanha e conversar sobre as diferenças e a necessidade delas serem respeitadas por todos”. Eduardo Barbosa, diretor-adjunto do Departamento Nacional de Hepatites Virais, Hiv, Dsts e Aids do Ministério da Saúde, considerou a iniciativa do Unaids “ bastante importante por trazer o protagonismo e ajudar a quebrar mitos e preconceitos ”. Mara Moreira, do grupo Pela Vidda, do Rio de Janeiro explicou que resolveu participar da campanha porque muitas das conquistas que existem hoje porque outras pessoas trouxeram questões a público assumindo sua soropositividade. “ Atualmente temos exames para saber como está a carga viral, temos antirretrovirais. Isto acontece hoje em dia, porque muita gente colocou a cara, gritou, reivindicou. Por isso me coloco também”. Gabriela Leite, da Rede Brasileira de Prostitutas, contou que se sentiu “emocionada” em participar da campanha. ”Pude mostrar que somos cidadãs brasileiras.” Paulo Giacomonni, da RNP+,que também gravou seu depoimento, disse que reforçava as palavras de Mara Moreira e que decidiu participar do vídeo para colaborar e diminuir os preconceitos .” Encaro esta campanha como um redutor de vulnerabilidades”, concluiu. O ativista Cazu Barros afirmou ter sido um grande prazer estar entre as pessoas que gravaram sua participação no vídeo. Ele contou que estava em um ônibus no Rio de Janeiro, cidade onde mora, e foi reconhecido por ter sido personagem em uma campanha veiculada nacionalmente pelo Ministério da Saúde onde declarava viver com o HIV e combatia o estigma. Cazu foi reconhecido, discriminado e convidado a sair do ônibus. “Este fato só reforçou a necessidade da gente se expôr para gerar, no lugar de discriminação, aceitação e acolhimento. Temos ainda muito o que fazer, ” ressaltou. Toni Reis, presidente da ABGLT parabenizou a ONU pela inciativa e lembrou que “ todos somos iguais no respeito por nossos direitos de cidadãos”.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), informam que uma das facetas do racismo se revela na remuneração média da população brasileira: homens brancos (R$ 1.200), mulheres brancas (R$ 700), homens negros (R$ 600) e mulheres negras (R$ 400). O ambiente escolar também é outro local de resistência à diversidade. Segundo pesquisa de maio de 2009 realizada em 500 escolas públicas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, 55% a 72% dos estudantes, professores, diretores e profissionais de educação demonstram resistência à diversidade por meio do indicador “distância social”. O maior distanciamento é verificado com relação aos homossexuais (72%).
Assinatura da campanha
O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas. A campanha está disponível nos seguintes endereços:
www.onu-brasil.org.br ou http://www.youtube.com/user/UNAIDSBr . O vídeo está a disposição para que redes públicas e privadas de TVs, rádios e sites possam exibir. Como disse o Cazu Barros, “ temos ainda muito o que fazer ”. Ainda bem que as Agências do UNAIDS e todas as organizações que assinam a campanha fazem e estão sempre fazendo mais contra a ignorância, a desinformação, e a intolerância que caminham juntas com o HIV e o preconceito no mundo.
Roseli Tardelli, de Brasília
Durante os Congressos que acontecem em Brasília, a campanha foi exibida e lançada no stand das Nações Unidas. O diretor do Unaids Brasil, Dr. Pedro Chequer lembrou que os depoimentos foram feitos por voluntários.” Considero todas as participações importantes para que, na vida real, possam colaborar com a redução do estigma e dos preconceitos. É uma maneira de enfrentar o HIV ”. Jaqueline Cortês, também do Unaids e uma das coordenadoras do trabalho, é personagem da campanha. Segundo ela, a intenção é promover o debate. “Dá, por exemplo, para entre a novela e o comercial mostrar alguns trechos da campanha e conversar sobre as diferenças e a necessidade delas serem respeitadas por todos”. Eduardo Barbosa, diretor-adjunto do Departamento Nacional de Hepatites Virais, Hiv, Dsts e Aids do Ministério da Saúde, considerou a iniciativa do Unaids “ bastante importante por trazer o protagonismo e ajudar a quebrar mitos e preconceitos ”. Mara Moreira, do grupo Pela Vidda, do Rio de Janeiro explicou que resolveu participar da campanha porque muitas das conquistas que existem hoje porque outras pessoas trouxeram questões a público assumindo sua soropositividade. “ Atualmente temos exames para saber como está a carga viral, temos antirretrovirais. Isto acontece hoje em dia, porque muita gente colocou a cara, gritou, reivindicou. Por isso me coloco também”. Gabriela Leite, da Rede Brasileira de Prostitutas, contou que se sentiu “emocionada” em participar da campanha. ”Pude mostrar que somos cidadãs brasileiras.” Paulo Giacomonni, da RNP+,que também gravou seu depoimento, disse que reforçava as palavras de Mara Moreira e que decidiu participar do vídeo para colaborar e diminuir os preconceitos .” Encaro esta campanha como um redutor de vulnerabilidades”, concluiu. O ativista Cazu Barros afirmou ter sido um grande prazer estar entre as pessoas que gravaram sua participação no vídeo. Ele contou que estava em um ônibus no Rio de Janeiro, cidade onde mora, e foi reconhecido por ter sido personagem em uma campanha veiculada nacionalmente pelo Ministério da Saúde onde declarava viver com o HIV e combatia o estigma. Cazu foi reconhecido, discriminado e convidado a sair do ônibus. “Este fato só reforçou a necessidade da gente se expôr para gerar, no lugar de discriminação, aceitação e acolhimento. Temos ainda muito o que fazer, ” ressaltou. Toni Reis, presidente da ABGLT parabenizou a ONU pela inciativa e lembrou que “ todos somos iguais no respeito por nossos direitos de cidadãos”.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), informam que uma das facetas do racismo se revela na remuneração média da população brasileira: homens brancos (R$ 1.200), mulheres brancas (R$ 700), homens negros (R$ 600) e mulheres negras (R$ 400). O ambiente escolar também é outro local de resistência à diversidade. Segundo pesquisa de maio de 2009 realizada em 500 escolas públicas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, 55% a 72% dos estudantes, professores, diretores e profissionais de educação demonstram resistência à diversidade por meio do indicador “distância social”. O maior distanciamento é verificado com relação aos homossexuais (72%).
Assinatura da campanha
O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas. A campanha está disponível nos seguintes endereços:
www.onu-brasil.org.br ou http://www.youtube.com/user/UNAIDSBr . O vídeo está a disposição para que redes públicas e privadas de TVs, rádios e sites possam exibir. Como disse o Cazu Barros, “ temos ainda muito o que fazer ”. Ainda bem que as Agências do UNAIDS e todas as organizações que assinam a campanha fazem e estão sempre fazendo mais contra a ignorância, a desinformação, e a intolerância que caminham juntas com o HIV e o preconceito no mundo.
Roseli Tardelli, de Brasília
A Agência Aids cobre o evento com apoio da Female Health Company / SUPPORT
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