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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Parada de São Paulo teve foco político

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Parada Gay de São Paulo reuniu mais de 3 milhões de pessoas

Em ano eleitoral, a 14ª Parada do Orgulho Gay teve viés político. Ao meio-dia de domingo, numa Avenida Paulista bem colorida, militantes distribuíam panfletos nos quais pediam para os simpatizantes não votarem em candidatos homofóbicos.

Na concentração, uma placa gigante trazia a seguinte mensagem: “Vote contra a homofobia: defenda a cidadania”. Todos os atuais presidenciáveis foram convidados, mas nenhum apareceu na parada.

Estima-se que cerca de 3 milhões de pessoas tenham acompanhado os 4km do percurso que liga o Museu de Arte de São Paulo (Masp) à Praça Franklin Roosevelt, no Centro.

Segundo a militante Gizelle Freitas, da Associação de Gays, Lésbicas e Transexuais de Ribeirão Preto, a organização não governamental vai preparar um relatório na próxima semana apontando os deputados que votaram contra o projeto de lei que torna a homofobia crime.

A proposta tramita no Congresso desde 2006, já foi aprovado na Câmara e vai passar pelo crivo dos senadores.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), engrossou o coro de quem é contra a homofobia e disse que os políticos deveriam se posicionar sobre o tema.

“É importante que a classe política tenha a noção da importância de se combater a homofobia. Como estamos em ano eleitoral, a discussão sobre o tema é mais do que oportuno”, ressaltou.

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), disse apoiar o movimento organizado pelos diretos dos Homossexuais. “Essa campanha defende a cidadania e, com isso, a democracia pela qual tanto lutamos neste país. E é importante que este debate aconteça durante a campanha eleitoral deste ano”, disse Goldman.

A Drag Queen Tiffany Estrelato, 28, viajou de Tefé (AM) até São Paulo para participar da Parada Gay. Ela estava no comando de um grupo de ativistas que faziam corpo a corpo com os simpatizantes, distribuindo panfletos sobre as eleições e a causa Gay.

A Parada Gay de São Paulo é considerada a maior do mundo. Não à toa, tão logo a multidão se aglomerou na Avenida Paulista, imagens do local pipocaram nos sites dos maiores jornais estrangeiros.

“Não podemos deixar escapar essa oportunidade. Agora é a hora de cobrar dos nossos governantes o fim da intolerância e do preconceito sexual”, disse Alexandre Santos, presidente da Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a Parada Gay é o evento que mais atrai turistas para a capital paulista. Pelo menos 400 mil pessoas vêm de todo o Brasil e do exterior. A estimativa é de que o evento cor-de-rosa gere uma receita de até R$ 200 milhões.

A segurança no desfile deste ano foi praticamente dobrada. Pelo menos 3 mil homens da Polícia Militar, Guarda Civil e seguranças particulares trabalharam na parada.

Metade deles falava mais de uma língua e ajudavam os turistas que não entendiam português. Os policiais bilíngues tinham estampado na parte de trás do uniforme a bandeira que indicava o segundo idioma que eles falavam

Engajados na luta contra a intolerância sexual, muitos pais levaram para a Parada Gay deste ano seus filhos para ensiná-los que devem crescer sem preconceito e aprenderem respeitar as escolhas sexuais dos demais.

Com a filha de um ano e três meses no colo, o casal de Bissexuais Alexandre Nogueira, 28, e Ioná Murakame, 34, querem que a criança cresça sem ter vergonha da própria família. "Eu acho importante que ela tenha contato com pessoas que também temos", diz o pai. Para eles, o evento é uma grande festa que reúne pessoas de todos os tipos.

Antônio Menezes, 38, aproveita o domingo ao lado do filho de 9 anos. "Faço questão que ele tenha contato com esse mundo desde pequeno, o trago desde quando tinha 6 anos", argumenta o pai para justificar a sexualidade da ex-mulher, que se assumiu Lésbica. "Hoje ele aceita o relacionamento da mãe e até gosta da companheira dela".

A heterossexual Denise Costa, 45, faz questão de dar ao filho, de 10 anos, o direito de escolha. "Não sei qual a opção sexual dele ainda. Hoje ele diz é que uma coisa, amanhã pode mudar", justifica.

Um dos carros alegóricos que mais chamaram a atenção foi o dos ursos e idosos. Outro carro que fez sucesso foi o chamado “gol contra a homofobia”. Os simpatizantes aproveitaram o ano de Copa do Mundo para se vestir de verde e amarelo. A Parada encerrou o desfile por volta das 20h.

Fonte: Central de Notícias Gays

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A cobertura do Correio Braziliense, que foi reproduzida nesse espaço até às 18h50 do dia 09/06/2010, apresenta conteúdo nitidamente pró-DEM e pró-PSDB, informando que Marta Suplicy (PT) não esteve na Parada de São Paulo em 2010. A informação não procede, como está fartamente documentado no site da candidata ao Senado por São Paulo: http://www.sigampost.com.br/ e em outros conteúdos na internet. Marta Suplicy é defensora de primeira hora das pautas LGBT e subiu ao trio de Salety Campari esse ano.  É importante que o prefeito e o governador de São Paulo participem da Parada e defendam os direitos LGBT, mas o nosso pequeno blog não permitirá que as cores políticas da imprensa deturpem fatos em prol de quaisquer siglas campanhas. O Fórum Baiano LGBT é uma organização suprapartidária. (COMUNICAÇÃO/FÓRUM BAIANO LGBT)

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