
Marta Suplicy (PT, na foto) é candidata à senadora em São Paulo e tem um passado que só depõe a seu favor quando o assunto são os direitos LGBT no Brasil. Quando foi deputada federal, apresentou o Projeto de Lei nº 1.151, de 1995, que prevê a união entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, é conhecida figura da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, da qual é madrinha.
Liderando as pesquisas de intenção de votos, se coloca como futuro braço direito da possível presidenta Dilma no Senado Federal e adota uma estratégia de campanha leve, sem muitos ataques pessoais e calcada na liderança das pesquisas para continuar assim. Na entrevista abaixo, Marta reforça os pontos que defendeu em sua vida pública e opina ainda que “os movimentos (sociais) têm de ser espontâneos”. Confira:
Liderando as pesquisas de intenção de votos, se coloca como futuro braço direito da possível presidenta Dilma no Senado Federal e adota uma estratégia de campanha leve, sem muitos ataques pessoais e calcada na liderança das pesquisas para continuar assim. Na entrevista abaixo, Marta reforça os pontos que defendeu em sua vida pública e opina ainda que “os movimentos (sociais) têm de ser espontâneos”. Confira:
Quando decidiu se candidatar ao Senado?
Não foi uma decisão minha, unilateralmente. Coloquei meu nome à disposição do partido. Havia possibilidade de sair à deputada, governadora ou senadora. Nas discussões internas, fui indicada ao Senado. Tivemos convenção este ano, em junho, e a campanha começou oficialmente em julho.
Por que você decidiu defender temas da comunidade LGBT?
Minha carreira política está ligada à defesa das pessoas que foram e ainda são discriminadas: mulheres, homossexuais e mais pobres. Quando deputada federal, apresentei um projeto de parceria civil. Não previa adoção, mas sim direitos de herança em caso de morte de um dos parceiros, por exemplo. No tempo em que apresentei o projeto, isso já era demais (meados dos anos 90). Depois, ao longo dos anos, com a discussão do projeto e muitas questões mais na sociedade, vimos que o Judiciário avançou bastante, enquanto o Legislativo não aprovou nenhum texto legal. É a Justiça que tem concedido diversos direitos, inclusive o de adoção. Para esse direito ser consolidado, seria necessário o novo Congresso Nacional apoiar e votar projetos dessa ordem. É das urnas, da escolha democrática da população, que veremos nascer esse novo Congresso. O resultado das urnas é que nos falará se teremos condições de avançar nessa legislação, que é reivindicação de importante parcela da população.
Por que você acha importante defender isso?
Sou coerente com minha história de vida, da qual faz parte assegurar cidadania. Tenho causas que nunca abandonarei. Uma delas é a de assegurar cidadania plena a todos os brasileiros e brasileiras.
Se for eleita, como você pretende lutar pela aprovação destes pontos?
Com dedicação e seriedade que sempre tive.
Quais outros temas estão inseridos nas suas prioridades?
Além de legislar, uma senadora luta para trazer mais recursos para o seu Estado, seja com o Orçamento da União ou a aprovação de empréstimos internacionais. O senador é quem pode ajudar o governador e prefeitos a planejarem e conseguirem dinheiro para mais escolas, postos de saúde, estradas, saneamento etc. Dois governos do presidente Lula já tiraram mais de 20 milhões da miséria e colocaram mais de 30 milhões na classe C. Com Dilma eleita Presidente, temos como seguir em frente. Quero em oito anos ajudar o Brasil a ter 190 milhões no mercado consumidor e a eliminar, definitivamente, a pobreza. Para isso, serei incansável em apresentar e apoiar projetos de desenvolvimento econômico e qualificação profissional. Uma das minhas prioridades é a Educação. Penso que, sem investimento brutal em Educação, não daremos o salto para entrar no primeiro mundo.
Como pretende usar sua experiência como sexóloga nessa luta?
Minha experiência na psicologia me levou à política. Sair do consultório onde ajudava pontualmente as pessoas, para fazer algo de modo mais coletivo, foi uma experiência enriquecedora. Já fui, desde então, deputada, prefeita e ministra. É dessa bagagem toda que eu acredito reunir condições para ser uma boa senadora.
Você acha importante realizar Paradas? Por quê?
Sim. As Paradas surgiram pela afirmação política do segmento, como espaço de reivindicações, e se tornaram grandes espetáculos de respeito à diversidade. São importantes no calendário de eventos e turismo de São Paulo. Movimentam toda a hotelaria, o comércio, dão visibilidade a uma São Paulo acolhedora. Fui à primeira edição com 300 pessoas. Depois, segui indo.
Existe alguma atitude/política do movimento LGBT que pode ser melhorada? Qual e como?
Não é meu papel criticar o movimento social, seja ele de que natureza for. Mas acredito que os movimentos têm de ser espontâneos. Com reivindicações justas, sempre serão, num crescente, mais bem acolhidos pela coletividade; ganharão mais força. O movimento LGBT, como disse, saindo de 300 pessoas, ao longo de relativamente poucos anos, para milhões numa Avenida Paulista não creio que mereça críticas. Ao contrário, merece aplausos. Não foi fácil chegar a isso. Preconceito demora muito para se desfazer. Mas houve coragem e determinação de muita gente para alcançarmos este patamar.
*Entrevista cedida pela revista Junior
1 comentários:
Marta Suplicy é uma mulher de coragem.. qnd prefeita, fez mtas coisas boas pela cidade de São Paulo e merece td esse reconhecimento q ela tem hj, afinal é fruto de um longo trabalho. Sei q como senadora ela tbm vai ser maravilhosa, afinal, nd como a sensibilidade de uma mulher para resolver os problemas de são paulo.
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