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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

9ª Parada Gay da Bahia leva muitos heterossexuais na manifestação que reuniu mais de 500 mil pessoas

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Valmir Costa, do MUNDO MAIS


Com o tema Homofobia, fora daqui!, a 9ª Parada Gay da Bahia [como é chamada a parada de Salvador] reuniu ontem, 12, mais de 500 mil pessoas na região central de Salvador. A passeata saiu às 15h do Largo do Campo Grande, descendo pela Rua Sete de Setembro rumo à Praça Castro Alves e retornando pela Rua Carlos Gomes ao Largo do Campo Grande, onde havia um palco armado para apresentações musicais.

Por volta das 20h, o último dos dez trios chegava ao ponto final do trajeto, que fluiu bem sem grandes incidentes, além de pequenos furtos de grupos de assaltantes que se aproveitavam da euforia das pessoas para tentar roubar celulares e máquinas fotográficas. Apesar do pequeno contingente, os policiais efetuaram algumas prisões.

Na saída da passeata chovia, mas uma hora depois a chuva parou e no final era possível ver o céu estrelado. O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB) Marcelo Cerqueira fez o discurso de abertura, seguido pela esposa do governador Jacques Wagner (PT-BA) Fátima Mendonça, que recebeu a faixa de madrinha da parada.

No seu discurso, Fátima disse que havia lido um trecho bíblico para saudar os LGBT na manifestação. “Deus não faz acepção das pessoas”, disse a primeira-dama. Em seguida, o fundador do GGB Luiz Mott assumiu o microfone para lembrar os assassinatos a LGBT no Brasil no ano passado, com destaque para os 25 crimes cometidos no estado da Bahia.

Repetição – Repetitivo, o discurso de Mott dava o tom no começo da passeata. “Quem mata um gay ou travesti é porque tem uma bicha louca acorrentada dentro de si”, “a Bahia é gay!”, “o Brasil é gay!”, “São Pedro é gay e vai parar com essa chuva!”, gritava Mott. Apesar da insistência do fundador do GGB em dizer que todos eram gays, a 9ª Parada Gay da Bahia foi marcada pela maior presença de heterossexuais, principalmente nos trios elétricos.

Casais héteros eram formados durante o trajeto na maior paquera ou, então, grupos de amigos e familiares participando da festividade dominical soteropolitana. Políticos em campanha aproveitaram para inserir alguns carros de propaganda entre os trios, que mesclavam música eletrônica, axé e pagode. A maior parte dos carros de propaganda política era do PT e até um candidato do PV seguiu com um carro estampando a sua foto com a da candidata Marina Silva (PV-AC). Panfletos e santinhos ficaram espalhados pelo trajeto, varridos pelos garis da cidade, assim que o último trio desligou o som.

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