Garotos de programa das cinco regiões do país responderam um questionário, que traçou perfil qualitativo do público do Encontro de Prevenção com Trabalhadores do Sexo Masculino
Criar um espaço de diálogo entre o Governo Federal, gestores, organizações não governamentais e os trabalhadores sexuais masculinos, é o objetivo do Entrasex, Encontro de Prevenção com Trabalhadores do Sexo Masculino, promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira, 27 de agosto. É a primeira vez que se promove um encontro com esse público.
“Temos grandes desafios para a prevenção, que deve ser trabalhada sob a ótica dos direitos humanos. Direito à saúde é um direito humano. É difícil estabelecer políticas públicas, sem ouvir o público a que se destina”, afirmou o diretor adjunto do departamento, Eduardo Barbosa.
Vindo das cinco regiões do país, os garotos de programa responderam um questionário, que traçou perfil qualitativo do público que participou do evento. Entre os 19 que responderam, 12 se identificam como bissexuais, 3 homossexuais e 3 heterossexuais. A maioria deles têm entre 20 e 24 anos e quanto ao ambiente de trabalho, a internet foi considerado o lugar onde eles mais constumam buscar clientes (12), sauna (8), bar (5) e rua (4). Em relação a prevenção, o serviço público de saúde é o local onde eles mais adquirem o preservativo (15), ongs (11) farmácia (8), e bares e saunas (7).
Treze garotos consideram o quantitativo de camisinhas recebido pelo serviço público suficiente, apenas seis jovens consideraram insuficientes. Em nota técnica, o departamento já orientou que a facilidade do acesso a população em maior vulnerabilidade deve ser uma prioridade dos serviços.
Os trabalhadores que responderam o questionário demonstraram preocupação com a infecção por DST, Hepatites e HIV. Todos os garotos já se testaram ao menos uma vez na vida para o HIV.
O jovem potiguar Anderson Soares, de 25 anos já teve DST, hoje não sai mais sem o preservativo e faz exame de HIV a cada seis meses. “Minha sorte é esta DST tinha cura. Muitos não gostam de usar camisinha, mas eu aprendi a dizer não”, comentou.
Vindo de Belém, Harry Patrício Lins, tem 23 anos e trabalha como profissional do sexo, modelo e cursa Administração. Lins faz uma média de 10 programas semanais e sempre usa preservativo. Para trabalhar utiliza um endereço na internet. O questionário também mostrou que todos 19 garotos gostariam de participar uma organização social.
O Entrasex segue até sexta-feira, dia 27, no hotel Lake Side, em Brasília (DF).
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