Pages

Banner 468 x 60px

 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tabloide de Uganda publica nomes, fotos e endereços de cem homossexuais e um pedido: “Enforquem-nos!”

0 comentários

O tabloide Rolling Stone, que circula em Kampala – capital de Uganda – foi denunciado pelo presidente das Minorias Sexuais do Uganda (MSU) Frank Mugisha por desrespeito aos direitos humanos. O tabloide publicou, no último dia 09, uma lista com cem nomes, fotos e endereços de homossexuais.

Com o título 100 figuras homossexuais Ugandesas, a lista era clara com a homofobia: “Enforquem-nos!”, dizia. Após a circulação do periódico, pelo menos quatro pessoas da lista foram agredidas. Outras pessoas listadas tiveram que se esconder em outros endereços para não serem atacadas.

Além de expor os cem homossexuais, o tabloide diz que a homossexualidade é “uma doença desconhecida, mas mortal, está a afetar os homossexuais no Uganda e estes, fazem incursões nas escolas, na tentativa de recrutar um milhão de crianças”.

A caça aos homossexuais aumentou desde outubro do ano passado quando o deputado David Bahati apresentou o projeto de lei anti-homossexualidade, que prevê a pena de morte aos gays e lésbicas e prisão de sete anos aos familiares e amigos que não denunciarem os homossexuais às autoridades. Segundo a MSU 17 gays já foram presos desde então e outros 20 agredidos.

Suspensão temporária – Após a denúncia da MSU, o Conselho de Mídia autorizou a suspensão do jornal. Não pelo conteúdo, pois a homossexualidade em Uganda é crime, mas pela publicação estar com a documentação ilegal. O editor do tabloide Giles Muhame disse que a publicação voltará às ruas de Kampala. Segundo ele, a lista foi publicada por ser de interesse público. "Sentimos que a sociedade precisa de saber que estas pessoas existem entre nós. Algumas estão a recrutar as nossas crianças para a homossexualidade e isso é uma coisa má, precisa de ser exposta. Fizemos isso porque a homossexualidade é ilegal, inaceitável e insulta o nosso estilo de vida tradicional”, disse o editor homofóbico.

Fonte: Mundo Mais

0 comentários:

Postar um comentário