A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, com sede no Rio de Janeiro, registrou no estado, de janeiro de 2009 ao mês passado, 119 atendimentos que resultaram em 63 processos na Justiça. O grupo ainda acompanha dez casos em quatro estados.
Negros, homossexuais, nordestinos, moradores de rua e religiosos são alvos constantes de preconceito. As agressões vão muito além da violência física: incluem de xingamentos a ataques na internet.
Negros, homossexuais, nordestinos, moradores de rua e religiosos são alvos constantes de preconceito. As agressões vão muito além da violência física: incluem de xingamentos a ataques na internet.
Os números também são altos no Programa Rio Sem Homofobia, que recebeu, nos últimos 12 meses, cerca de 600 denúncias de agressões contra homossexuais. No feriado prolongado da Proclamação da República, dois casos engrossaram as estatísticas de violência nacional e ocuparam grande espaço na mídia. Um jovem de 19 anos foi agredido no Rio de Janeiro por militares do Exército e acabou baleado. Ele havia participado da parada gay em Copacabana. Já em São Paulo, três jovens foram vítimas de um grupo de rapazes na Avenida Paulista. A polícia investiga se a causa foi homofobia.
"Houve sempre um falso discurso de que o Brasil era tolerante, uma democracia racial e religiosa. Mas também havia um mundo de invisíveis, que sofriam preconceito calados. Grupos passaram a se organizar e a lutar contra a intolerância e os casos começaram a ser divulgados", diz o sociólogo Paulo Baía, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.
Fonte: O Globo
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