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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Jovem se apresenta à polícia dizendo ser 5ª vítima dos agressores da av. Paulista

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A Polícia Civil de São Paulo informou nesta terça-feira que mais um jovem se apresentou informando que também teria sido vítima de agressões pelo mesmo grupo de jovens - quatro adolescentes e um adulto - suspeitos de ataques no dia 14 na avenida Paulista.

De acordo com a polícia, ele seria a quinta pessoa agredida. O rapaz teria apanhado na saída de uma festa, em Moema, no mesmo dia das outras agressões.

Segundo o delegado José Matallo Neto, o jovem, um estudante de 19 anos, teria esbarrado em um dos meninos, de 17 anos. Ele teria, então, sido espancado pelo grupo.

O rapaz ainda tem sequelas: está com parte dos dentes amolecidos e não consegue se alimentar direito. Ele terá que passar por tratamentos dentários para se recuperar.

INTERNAÇÃO
A 1ª Vara da Infância e Juventude de São Paulo decretou ontem a internação na Fundação Casa (antiga Febem) dos quatro adolescentes envolvidos nas agressões. A internação foi pedida pela promotora da Infância e Juventude Ana Laura Lunardelli. O caso está sendo investigado pelo 5º DP (Aclimação) e ainda não há denúncia formal. Cabe recurso à decisão.

O advogado Alexandre Dias Afonso, que defende um dos meninos, afirmou que vai recorrer da decisão. De acordo com ele, os adolescentes cumprem todos os requisitos necessários para responderem em liberdade.

O delegado Renato Felisoni, responsável pelo caso, disse que deve entregar o inquérito sobre o caso para o Ministério Público na próxima sexta-feira (26). A polícia já havia informado que irá indiciar os jovens sob suspeita de lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha, mas o delegado disse acreditar que há elementos suficientes para que a Promotoria os denuncie (acuse formalmente) também por tentativa de homicídio.

Na semana passada, o segurança de um prédio da avenida Paulista que presenciou uma das agressões prestou depoimento no 5º DP. Rafael Fernandes disse à polícia que, depois de socorrer o jovem agredido, perguntou aos agressores por que tinham avançado contra ele. "Batemos porque ele é veado, foi o que eles me responderam. Aparentemente, foi preconceito", disse o segurança.

ATAQUES
Os jovens são suspeitos de três ataques no mesmo dia na avenida Paulista. Eles são de classe média, e, conforme relatos iniciais, as agressões ocorreram sem motivo aparente.

Dois dos ataques ocorreram por volta das 6h30 próximo à estação Brigadeiro do Metrô, na av. Paulista. Os jovens, segundo a família e advogados, voltavam de ônibus de uma festa em Moema.

De acordo com as vítimas Otávio Dib Partezani, 19, e Rodrigo Souza Ramos, 20, eles estavam próximos a um ponto de táxi quando viram o grupo caminhar na direção de ambos, mas sem demonstrar qualquer agressividade.

Mas quando o grupo chegou próximo aos dois iniciou os ataques. O grupo dizia, segundo as vítimas, "Suas bichas", "Vocês são namorados!". Rodrigo fugiu para o metrô, quando Otávio foi agredido por três rapazes.

Logo após essa agressão, o quinteto atacou outro jovem, Luís, 23, que estava com dois colegas. Ele foi ferido no rosto e na cabeça com lâmpadas fluorescentes. Os colegas não foram agredidos, segundo a polícia. Seu sobrenome foi preservado a pedido dele.

Testemunhas que viram as agressões chamaram a PM e os jovens foram levados para o 5º DP (na Aclimação). O agressor de 19 anos chegou a ser preso, mas foi liberado para responder em liberdade.

Fonte: Folha de São Paulo

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