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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vacina contra HPV previne cancro anal de homens homossexuais

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Um novo estudo recomenda que seja administrada a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) a homens que mantenham relações sexuais com outros homens para prevenir e travar os casos de cancro anal, avança a agência Lusa.

O estudo, publicado na quarta-feira na revista médica The Lancet e dirigido por Jane Kim, da Universidade de Harvard, nos EUA, refere que actualmente não há programas sanitários de prevenção desta doença sexualmente transmissível e sublinha que as políticas de vacinação seriam muito eficazes e pouco dispendiosas.

Jane Kim estudou o caso dos EUA, onde 2100 homens foram diagnosticados com cancro anal em 2009, ano em que morreram 260 doentes com a doença.

Os tipos 16 e 18 do HPV, que estão na origem de 70% dos casos de cancro cervical nas mulheres e de 80% dos casos de cancro anal nos homens, são os mais frequentes.

A investigadora sublinhou que a vacina quádrupla contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV se aplica de forma rotineira para prevenir o cancro cervical em jovens mulheres, tendo demonstrado elevada eficácia contra as lesões anais em jovens homens que pratiquem sexo anal.

O problema, admitiu a cientista, é que a vacina é mais eficaz se administrada durante a adolescência e, nessa fase, há uma série de tabus sociais e uma falta de identificação sexual, que impedem que a vacina chegue a todos os indivíduos.

Jane Kim referiu como obstáculos “a idade em que as pessoas se assumem como praticantes de sexo anal entre os homens, a vontade de dar a conhecer a sua identidade sexual a outros e o estigma social que supõe a vacina contra uma infecção transmitida por via sexual”.

Por isso, defendeu que “uma vacina de rotina administrada a todos os homens e crianças pode não ser a melhor maneira de prevenir o cancro anal e lesões genitais em homens que pratiquem sexo anal”.

Por outro lado, concluiu a investigadora, “os programas que se centram na vacinação contra o HPV em homens com idades avançadas (acima dos 26 anos), quando um maior número de homens reconhece abertamente a sua sexualidade, pode ser um bom enfoque para chegar a um grupo que apresenta um alto risco”.

Fonte: Portal de Oncologia Português

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