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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Grupo de extermínio pode ter assassinado Gretchen de Ogum

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A polícia apreendeu o suspeito com a moto do crime, reconhecida por testemunhas


A travesti Gretchen de Ogum foi assassinada com dois tiros no dia 24 de novembro, em plena Feira Livre, no Centro de Abastecimento de Ipirá, a 204 quilômetros de Salvador. Na noite do crime, a Polícia Civil de Ipirá, prendeu um suspeito de prenome Sandro. Além de já ter trabalhado na casa da Gretchen, ele também manteve um relacionamento amoroso. Com o suspeito, a Polícia apreendeu uma moto roubada de placa DJY-8717 de Brasília. A arma usada pelo assassino não foi encontrada.  

Segundo a polícia o comparsa do preso está foragido e pode ter escondido a arma do crime. O acusado que mora no povoado do Pau Ferro, a 9 km de Ipirá, negou a autoria do crime, mas a moto usada na fuga foi identificada por testemunhas. Os policiais conduziram o suspeito até a cidade de Feira de Santana a fim de fazer exames de resíduos gráficos de pólvora e de lesões corporais, no Departamento de Polícia Técnica (DPT). 

Igreja ficou lotada na despedida da ialorixá Gretchen de Ogum

Somente este ano, três travestis foram assassinadas em Ipirá - e todas de religiões de matrizes africanas. A primeira foi a ialorixá de prenome Jurema, de 32 anos, morta com três tiros por um homem que estava em uma moto FAN- 150 de cor preta. Jurema também foi vitima do falso silicone, o mesmo aplicado em Gretchen. Na época, uma travesti conhecida apenas por Marcela, que teria chegado do exterior, cobrou R$ 1.200 pela aplicação de silicone industrial deixando as curvas, seios e pernas de Gretchen e Jurema deformadas. 

O caso foi parar na polícia. A segunda travesti, morta com dois tiros em agosto, era conhecida pelo prenome de Fernando.  Segundo a polícia, Fernando era envolvido com prostituição e drogas. Gretchen de Ogum foi a terceira vítima em Ipirá e a polícia conseguiu prender um suspeito no mesmo dia do crime.

Investigadores da Polícia Civil acreditam que as mortes de Jurema e Fernando foram praticadas por um grupo de extermínio por acerto de contas ou vingança. Até agora, ninguém foi preso.

Fonte: Chapada Online, com revisão da redação do blog do Fórum Baiano LGBT

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