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domingo, 16 de janeiro de 2011

[ARTIGO] Autoidentificação e afirmação identitária - Luiz Mott

5 comentários
Nos últimos anos, e cada vez mais, cabe ao próprio indivíduo, declarar e fazer respeitar pelos outros, inclusive  pelo Estado, sua identidade racial e sexual.

Em conseqüência da política de cotas raciais, e mesmo antes, milhões de  brasileiros negros passaram a ter orgulho e interesse em assumir-se afrodescendentes. Os camelôs vendem camisetas com a mensagem “100%  negro!” Não precisa ser preto para ser considerado negro: é o próprio interessado quem define sua cor. No caso de dúvida, por não ostentar fenótipos negróides identificáveis a olho nu, uma equipe de “experts” ou documentos comprobatórios decidirão a qual estoque racial pertence o habilitando. Houve um caso de irmãos gêmeos terem sido considerados um branco e outro negro. Os experts depois voltaram a trás e ambos beneficiaram-se das mesmas cotas.

Mais recentemente, também cabe aos próprios indivíduos declarar e fazer respeitar pelos outros, inclusive pelo Estado, sua identidade sexual. Nascer com pênis e testículos já não implica inexoravelmente em ser do sexo masculino. O mesmo vale às que nasceram com vagina e ovários. Embora mais raros, há milhares de transexuais também no Brasil que nasceram meninas e adequaram seu corpo feminino adulto à desejada identidade masculina. Transgêneros nascidos homens que se submeteram a transgenitalização são muito mais numerosos, como  Roberta Close.

O que vale hoje é a afirmação identitária do próprio indivíduo, como se sente:  negro ou branco,  homem ou  mulher,  andrógino ou intersexual, e sobretudo, como quer ser reconhecido/a socialmente no seu papel de gênero ou raça.

No caso dos/das transexuais, hoje não é mais necessário sequer amputar ou implantar novos órgãos genitais, nem mesmo mudar radicalmente o fenótipo para se afirmar do “sexo oposto”. Há transgêneros que sentem-se bem com sua cara de homem mas com vestes de mulher. “Modos de homem, modas de mulher”, como escreveu Gilberto Freyre.

O que vale é a autoidentificação e afirmação identitária individual. Só o tempo dirá o acerto ou não desta novidade revolucionária racial e sexual. 

5 comentários:

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