Por André Fischer (foto)
O grupo Beco das Cores enviou carta aberta à ABGLT em referência ao 16º aniversário da instituição que agrega a maior parte das ONGs lgbt do Brasil pedindo a radicalização tanto de pautas políticas quanto de suas estratégias e táticas.
Destaco trechos importante e bem fundamentado do documento
“ A limitação das nossas lutas não pode mais se ater à institucionalidade e muito menos preteri-la no lugar de constantes e intensas mobilizações e pressões sociais de rua.
(...) . Precisamos rever as estratégias que priorizam ou que colocam o Estado e suas esferas como único e não como mais um aliado conjuntural e estratégico para o movimento.(...)
É preciso radicalizar a construção de processos mais participativos, coletivos e democráticos que tragam para todos e todas o sentimento de importância do que estamos construindo em rede”
Ainda que criticada por muitos, a ABGLT cumpre o papel de dar sustentação a um movimento que padece da mais completa falta de participação e envolvimento da comunidade que ele representa.
Mesmo após tantos anos de luta, arrisco dizer sem medo de estar exagerando que a ABGLT não é sequer conhecida por 95% dos gays, lésbicas e trans que compõem sua sigla.
A maior culpa é dos brasileiros que, hetero ou homossexuais, que não se mobilizam. Mas a ABGLT e boa parte dos grupos que representa, acomodou-se na confortável posição de ser financiada com verbas públicas sem ter que prestar contas ou representar de verdade a comunidade lgbt.
Certamente a culpa não pode ser atribuída apenas aos militantes, mas à toda comunidade.
No entanto ao fugir do papel de mobilizadora, e não cobrar dos governos uma ação real, a ABGLT dá mostra de fraqueza de sentido de missão e perigosamente inserida em um Estado que ainda não nos trata como cidadãos integrais.
A ABGLT deve romper esse silêncio, que só vem sendo quebrado por adulações constrangedoras, e radicalizar seu discurso e ações, assumindo o protagonismo na luta por direitos que se espera dela há 16 anos.
Certamente a culpa não pode ser atribuída apenas aos militantes, mas à toda comunidade.
No entanto ao fugir do papel de mobilizadora, e não cobrar dos governos uma ação real, a ABGLT dá mostra de fraqueza de sentido de missão e perigosamente inserida em um Estado que ainda não nos trata como cidadãos integrais.
A ABGLT deve romper esse silêncio, que só vem sendo quebrado por adulações constrangedoras, e radicalizar seu discurso e ações, assumindo o protagonismo na luta por direitos que se espera dela há 16 anos.
Leia nota na íntegra aqui.
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