Governo Wagner pode criar a Coordenação e o Conselho LGBT

Em reunião do Comitê LGBT, Almiro Sena afirmou que vai levar à Casa Civil as propostas defendidas pelo movimento LGBT

COMUNICAÇÃO/FÓRUM BAIANO LGBT

Almiro Sena (no canto direito da foto) ouviu as demandas do movimento LGBT em reunião do Comitê

O novo secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena, comprometeu-se em defender a agenda fundamental do movimento LGBT no Governo Estadual, na última reunião ordinária do Comitê LGBT, na segunda 14. Ele ouviu atentamente as demandas do movimento LGBT apresentadas pelos representantes das entidades e afirmou que levará à Secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, o compromisso com o tripé Plano Bahia Sem Homofobia, Coordenação LGBT e Conselho Estadual LGBT. Mostrou-se preocupado, em especial, com as demandas das travestis e transexuais, segmento mais vulnerável da sigla LGBT. Com isso, também comprometeu-se a defender a assinatura do decreto que reconhece o nome social na administração pública do estado da Bahia.

O secretário apresentou seu histórico na defesa dos direitos humanos, lembrando a importância de transversalizar as agendas com os indígenas, pessoas com deficiência, idosos e outros segmentos que a SJCDH trabalha, e ainda com o combate ao racismo. Ressaltou a importância do diálogo com o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEPDH) e ainda propôs que o Comitê e o CEPDH construíssem um evento estadual com todas as pautas dos direitos humanos. “Gostaria de ouvir uma pessoa com deficiência defendendo as reivindicações LGBT, e vice-versa”, afirmou Almiro Sena.

Ao final da sua participação na reunião, recebeu os cumprimentos dos representantes da sociedade civil pela presença e pelo compromisso assumido com as pautas centrais do movimento LGBT para o governo do estado. Convidado a abrir a II Assembléia do Fórum Baiano LGBT, aceitou prontamente.

Além do secretário, participou da reunião o novo Coordenador de Promoção de Cidadania e Direitos Humanos, Marcos Rezende. Ele também se mostrou bastante aberto e propôs uma reunião pré-agendada para o dia 24 de fevereiro para discutir, com urgência, o Observatório da Discriminação Racial, Violência Contra a Mulher e LGBT no Carnaval com o movimento LGBT de Salvador.

A reunião ainda discutiu o Plano Bahia Sem Homofobia, em fase de elaboração sob responsabilidade da advogada especialista em Direitos Humanos Thaís Vilar. Participaram da reunião o GLICH, a Rede Afro LGBT, a LesBiBahia e a Beco das Cores, do movimento LGBT. Do governo, compareceram as seguintes secretarias: da Educação (IAT); do Trabalho, Emprego e Renda; da Saúde; do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza; além da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.