Para Alexandre Padilha não se pode falar em grupo de risco e sim em pessoa com vulnerabilidade. Regra será revista.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto), afirmou em Teresina (PI) neste sábado que vai rever a portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe gays e bissexuais de doarem sangue. O documento veta a doação de sangue dos homens que tiveram relações sexuais com outros homens no período de 12 meses.
No Estado, o ministro foi recebido neste sábado com manifestação do grupo Matizes, que defende os direitos dos homossexuais, na solenidade no Palácio de Karnak. Após reunião com lideranças do movimento, o ministro anunciou que vai convocar uma reunião técnica para discutir a portaria de nº 153, criada em 2004.
"Vou abrir uma discussão técnica sobre isso. Saber o porque da regra hoje, qual seria a adequação em função da atualidade, e inclusive, do comportamento da epidemia de doenças que podem ser transmitidos com o sangue", afirmou Padilha, que lançou em Teresina o plano de enfrentamento da dengue. Para o ministro, o conceito de grupo de risco não existe mais e que agora existe um conceito sobre "pessoas com vulnerabilidade".
Protesto
No Piauí, o Grupo Matizes e a Liga Brasileira está há uma semana protestando com o movimento "Nosso sangue pela igualdade". Em 2006, O Ministério Público Federal do Piauí, a pedido do grupo, ingressou uma ação na justiça para cassar a portaria. O juiz da 2ª Vara Federal concedeu, porém, a liminar foi cassada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A ação está aguardando uma posição definitiva.
No Piauí, o Grupo Matizes e a Liga Brasileira está há uma semana protestando com o movimento "Nosso sangue pela igualdade". Em 2006, O Ministério Público Federal do Piauí, a pedido do grupo, ingressou uma ação na justiça para cassar a portaria. O juiz da 2ª Vara Federal concedeu, porém, a liminar foi cassada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A ação está aguardando uma posição definitiva.
Grupo piauiense fez mobilizações durante visita do ministro ao Estado
Marinalva Santana, do grupo Matizes, considera a portaria discriminatória. "Nós estamos propondo uma rediscussão sem paixões, dentro de uma visão técnica. É uma portaria que atenta contra um dos valores mais caros da humanidade, que é a solidariedade", disse.
Fonte: Terra Magazine


1 comentários:
Óbvio que isso é discriminatório contra gays e bissexuais! Como não sou hipócrita, nao dôo meu sangue para não ter que mentir no questionário que eles dão antes da doação.
Enquanto isso, o que tem de gente morrendo sem sangue para receber...
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