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quarta-feira, 30 de março de 2011

Homofobia, racismo e preconceito regional contra baiano

5 comentários
Militante gay e negro é vítima de racismo policial no Rio Grande do Sul

O baiano Helder Santos (foto), 25, se mudou para Jaguarão, no Sul do Rio Grande do Sul, para cursar História na Unipampa. Ele é militante gay e do movimento negro e trabalhava na prefeitura da cidade. Antes do Carnaval, no dia 05 de fevereiro, Santos e seus amigos foram abordados por uma ação da Brigada Militar que gratuitamente durante a abordagem agrediu um de seus colegas e o chamou de negro. Santos chamou os policiais de racista, apanhou com um cassetete, foi algemado e preso, sob a alegação de desacato a autoridade. Depois uma série de cartas levou o baiano a abandonar seu curso universitário e sair da cidade, com medo de represálias.

“Quando eu virei pro lado, tinham dois policiais agredindo um amigo nosso. Aí, outro policial me mandou virar para a parede, ele disse “olha pra parede, negão”. Eu virei em direção para o meu amigo, ele me chamou de novo de negão. Aí perguntei por que ele estava falando comigo daquela forma, para ele olhar para a cor dele, porque ele também não era branco. Aí ele mandou me algemar, me bateu com um cacetete no ombro e na barriga”, contou Santos para a impresa, após ter denunciado por policiais para a Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público da cidade, onde registrou queixa por abuso de autoridade e discriminação racial.

Depois de testemunhar na imprensa, Santos recebeu uma carta de um soldado, dizendo que ele deveria tomar cuidado pois os acusados seriam perigosos e estariam tramando contra ele. “O Osni já está até esfregando as mãos, e disse que vai te levar para dar uma volta no carnaval, que vai te colocar na viatura e te levar para a zona rural e te agredir, (…) ele está incomodando todo mundo para conseguir uma arma de choque. (…) O major (Ferreira, comandante da BM de Jaguarão), já avisou que é para te “embolachar” (...). A ordem é te bater sem deixar marcas gerais, peço que tu tomes cuidado no carnaval”, diz a primeira comunicação que era amistosa e sugeria que Santos deixasse a cidade para a sua própria segurança. Uma segunda carta porém, mudou o tom da conversa. “Baiano Nego Sujo, se tu for lá na Brigada e falar a verdade e me caguetar no meu processo, eu vou te cobrir de porrada. No carnaval, tu escapou, mas dei um jeito de embolachar teu amiguinho Seco Edson sem sujar as mãos. Deixamos a cara dele mais feia e preta que a tua, seu otário”. Outras cartas agressivas chegaram em seguida, uma dela endereçada a diretora da Unipampa, com uma ameaça de morte, segundo Santos.

Com a gravidade das ameaças, o secretário Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira, já anunciou que investigará o caso e destacou duas equipes ao local. Uma cuidará da segurança do denunciante, e a outra irá investigar a denúncia que considerou como grave. A Brigada Militar abriu duas sindicâncias contra a denúncia, que acusa o soldado Osni Silva Freitas, o sargento Ávila e o major José Antônio Ferreira da Silva de cometerem agressão, discriminação e abuso de poder. Um outro processo foi aberto, fruto de denúncia de moradores locais que acusam os três de comandarem uma milícia na região.

Até abril, as investigações devem ser concluídas mas o comandante Regional da Brigada Militar em Pelotas, Coronel Flávio Lopes, diz que pode ter havido excessos em razão da dureza da abordagem padrão: “A abordagem é um contato físico, e é possível que um policial militar possa ter exagerado ou usado expressões inadequadas”. Já o comandante da BM de Jaguarão, major José Antônio Ferreira, afirma que o caso está sendo tratado com sensacionalismo. “Houve um excesso, como está colocado aí, mas vamos apurar o que aconteceu no local. Aqui, nós somos bem transparentes, só que está havendo um sensacionalismo de quem está levando a matéria para vocês”, afirmou o major.

Santos está em Porto Alegre, e ficará em um abrigo provisório e deve voltar para sua terra natal. A Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual também investiga o caso. 

Fonte: Revista Lado A

5 comentários:

Anônimo disse...

racismo é crime tem que pagarem eu falo da cidade de jaguarão onde eu moro santos voce é um cara muito legal te desejo toda felicidade do mundo

Anônimo disse...

ser praticamente expulso sem nada ter feito largar seus estudos por racismo e preconceito de ignorantes isso não existe . pelo amor de Deus as pessoas tem liberdade para morar aonde desejar independente de cor ou opção sexual.

Anônimo disse...

sou gaucho e estou envergonhado moro na Bahia sou tratado com muito carinho qualquer pessoa de outro estado que chega na bahia é muito bem recebido .vcs não podem fazer isso não são melhores que ninguem essas atitude demostra falta de carater e ignorancia e dizem que os baianos são atrazados.

Unknown disse...

Sou historiador e protestei veemente contra o ato de bárbarie imposto ao Hélder Santos. Hoje pela manhã recebi este e-mail que também foi destinado a outras pessoas que exigiram que os PMs de Jaguarão sejam punidos:

Seus amantes de negros sei que são vocês e este tal de J. S. Says que estão me queimando em sites como este: http://racismoambiental.net.br/2011/05/promotor-denuncia-quatro-pms-por-agressao-e-racismo-contra-estudante-em-jaguarao/

Se vocês continuarem falando mal de mim do Sargento Avila e do soldado Osni no Caso do Helder Santos vocês vão se dar mal. O baiano já voltou pra terra dele e este assunto esta morto e encerrado. Vamos acabar com este assunto logo de uma vez e parar com este papinho de injustiça porque esse neguinho só levou uns croques da polícia e nada mais. Vamos parar com essa conversinha mole de racismo que isso é coisa de fresco.

José Antônio Ferreira da Silva

Maj. QOEM – Cmt 3ºBPAF

Brigada Militar

Jaguarão - RS

Nesse momento, venho requerer a solidariedade do Movimento Negro e oficializar que estarei encaminhando mais esta ameaça desse doente para o prmotor da Ministério Público do RS que está acompanhando o caso.

Anônimo disse...

Sou natural de jaguarão, voltei a pouco para cidade e fiquei sabendo do ocorrido, mas pelo que pude constatar, falando com varios conhecidos é que a historia que HELDER conta nao é bem assim, ja para iniciar em mencionar suas amizades "seco edson" para quem nao sabe este amigo ja tem uma longa ficha na policia por varios tipos de crime, que tal as pessoas que comentaram acima se informarem melhor antes de abrirem a boca, será que uma pessoa e dona da verdade e quase toda cidade é errada.Pensem um pouco.

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