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sábado, 2 de abril de 2011

Ataques homofóbicos no módulo 7- UEFS

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  Prezados/as

Covocamos a todos(as) para um grande manifestação contra a Homobia ocorrida na UEFS no último dia 24 de Março de 2011.

No próximo dia 07/04/11 as 20:00h no módulo 7 estaremos realizando um beijaço e uma grande mabisfetação contra o preconceito e a homofobia.

Vejo o ocorrido nas palavras de uma testemunha do caso.

Rafael Carvalho-GLICH
(75) 8189-0952 / 9123-6398

Carta Aberta.       

Vimos através desta, publicizar nosso repúdio aos atos de homofobia ocorridos na última Quinta Dionisíaca – “Elas de História...” – 24 de março de 2011. Além de agradecer às pessoas que lá estiveram para confraternizar e socializar em ...um espaço historicamente construído por estudantes de História, e tantos/as outros/as estudantes da Universidade e da comunidade externa, gostaríamos de reiterar que discordamos radicalmente das manifestações discriminatórias apresentadas por pretensos denunciadores do sistema opressor - discordância “esguelada” imediatamente após tais manifestações. Neste sentido, queremos demarcar o posicionamento da comissão organizadora da Quinta Dionisíaca e de outras pessoas ali presentes e denunciar que tais práticas homofóbicas reafirmam um conjunto de ações e valores que reproduzem a lógica predatória do capitalismo que, inclusive, acreditamos atingir os sujeitos que manifestaram aspectos de uma masculinidade hegemônica ocidental catalisadora de agressões e violências que socialmente se apresentam e reafirmam estéticas e discursos de grupos sociais historicamente subalternizados e exterminados por esta mesma lógica machista que violenta e assassina homossexuais. Entendemos que a utilização de expressões do tipo “viadinho”, gritadas em microfones e reafirmadas em micro-blocos de estudantes, abraçados e saltitantes, celebrando seu pretenso lugar de macho viril e dominante, são repugnantes porque atesta uma mentalidade que estigmatiza e violenta a orientação sexual dos sujeitos. Além disso, explicita a tradicional arrogância masculina em legislar acerca do corpo alheio. Enquanto mulheres, que também enfrentam diariamente o desrespeito a sua autonomia, historicamente oprimidas, reiteramos solidariedade aos sujeitos oprimidos/as naquela ocasião. E, quanto a celebrações, celebramos a diferença, não pela diferença em si, mas por acreditar, que em épocas de movimentos sociais fragmentados, onde cada grupo oprimido defende seus interesses particulares, é necessária a denúncia de um opressor comum, o sistema capitalista. Lamentamos profundamente que alguns desses sujeitos, possivelmente, estarão nas salas de aula perpetuando estas práticas discriminatórias e referendando a opressão historicamente sofrida por estudantes das escolas brasileiras (principalmente as escolas públicas), castrando possibilidades de experiências legítimas, descaracterizando, assim, um espaço profícuo de discussões políticas e de contestação a este sistema que é a sala de aula.   As disputas estão instauradas e sabemos qual o nosso lado da trincheira.   “Elas De História”

Por: Glaucia Costa

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