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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sobrevivente do holocausto

1 comentários
A vida do último «Triângulo rosa» sobrevivente inteiramente documentada

Um novo livro documenta a vida de Rudolf Brazda, o último sobrevivente conhecido dos deportados do 3º Reich por homossexualidade, e que será igualmente objeto de um documentário proximamente.






Entrevista de Rudolf Brazda na TÊTU n°140, janeiro de 2009







 
Menos de um ano após a publicação de um primeiro livro na França (ler nosso artigo sobre Itinerário de um Triângulo rosa de Jean-Luc Schwab), o sociólogo Alexander Zinn publica segunda-feira na Alemanha uma nova biografia de Rudolf Brazda, Das Glück kamm immer zu mir (literalmente: «A sorte vem sempre para mim», que é de qualquer modo a marca de Rudolf Brazda). Sua internação em um campo de concentração de Buchenwald só é objeto de um só dos sete capítulos do livro, enquanto que a perseguição dos homossexuais antes, desde 1933, interessa particularmente o biógrafo na história de Rudolf Brazda.
 
Após uma juventude despreocupada, e mesmo um matrimônio com seu amigo Werner com sua família perto de Leipzig, a chegada dos nazistas ao poder em efeito marcou uma ruptura: Rudolf Brazda foi condenado duas vezes por homossexualidade, antes de ser deportado. «Sua vida quase romanesca, que esse livro retraça, é exemplar das perseguições as quais os homossexuais foram objeto, da mesma forma que o combate exitoso por uma vida livre e feliz», afirma o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, em seu prefácio.

Documentos filmados
Alexander Zinn admite que «a história de Brazda se diferencia nitidamente daquela da maioria dos homossexuais perseguidos sob o 3º Reich». Não por que ele sobreviveu, enquanto que a maioria dos «Triângulos rosa» morreu nos campos. O sociólogo filmou suas pesquisas e seus encontros com Rudolf Brazda, da mesma forma que seu retorno perturbador a Buchenwald. Essas sequências deverão dar nascimento a um documentário inédito, que o autor espera difundir na televisão ou no cinema este ano.

Em convalescência na Alsácia, onde ele vive desde sua liberação de Buchenwald, Rudolf Brazda foi o grande ausente da apresentação de sua biografia esta semana em Berlin. Mas o autor está seguro sobre seu estado de saúde: «Após uma pesada queda na semana passada, ele deverá estar de novo de pé na semana próxima.»

Alexander Zinn, Das Glück kamm immer zu mir, edições Campus.

1 comentários:

Fábio Escorpião disse...

Que maravilha!! Adorei saber da notícia do lançamento dessa obra!

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