Em pronunciamento na reunião da Comissão Parlamentar de Promoção da Igualdade da Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira (26), a deputada Neusa Cadore (PT-BA, na foto ao lado de Vinícius Alves, do Fórum Baiano LGBT) lamentou a frequência com que pessoas pertencentes à população LGBT vêm sendo agredidas na Bahia e se colocou à disposição do movimento para realizar ações de combate à violência.
Participaram do encontro deputados e representantes da sociedade civil como a presidenta da Liga Brasileira de Lésbicas, Edilene Paim, que também é vereadora do PT de Coração de Maria-BA.
Neusa acredita que o combate à homofobia passa pelo forte envolvimento do Estado com políticas públicas eficazes. Ela defendeu a criação de um Conselho Estadual e da Frente Parlamentar, que são desejos do movimento.
Pesquisa - Durante o evento, o professor Luiz Mott, integrante do Grupo Gay da Bahia (GGB), apresentou o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2010. Foram documentados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil no ano passado.
Participaram do encontro deputados e representantes da sociedade civil como a presidenta da Liga Brasileira de Lésbicas, Edilene Paim, que também é vereadora do PT de Coração de Maria-BA.
Neusa acredita que o combate à homofobia passa pelo forte envolvimento do Estado com políticas públicas eficazes. Ela defendeu a criação de um Conselho Estadual e da Frente Parlamentar, que são desejos do movimento.
Pesquisa - Durante o evento, o professor Luiz Mott, integrante do Grupo Gay da Bahia (GGB), apresentou o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2010. Foram documentados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil no ano passado.
Segundo os dados, a Bahia pelo segundo ano consecutivo lidera essa lista macabra: 29 homicídios, seguida de Alagoas, com 24 mortes, Rio de Janeiro e São Paulo com 23 cada. Rio Grande do Norte e Roraima registraram apenas um assassinato cada. Se relacionarmos a população total dos estados com o número de LGBT assassinados, Alagoas repete a mesma tendência dos últimos anos: é o Estado que oferece maior risco de morte para os homossexuais, cujo número de vítimas ultrapassa o total de todos os estados juntos da região Norte do país. Maceió igualmente é a capital onde mais gays são assassinados: com menos de um milhão de habitantes, registrou 9 homocídios, contra 8 em Salvador (3 milhões) , 7 no Rio de Janeiro (6 milhões) e surpreendentemente, 3 mortes na cidade de São Paulo, com 10 milhões de habitantes.
Luiz Mott disse ainda que 43% dos homossexuais foram mortos a tiros, 27% com facas, 18% vítimas de espancamento ou pedrada e 17%, sufocados ou enforcados. “Quando se divulgam estatísticas de crimes contra mulheres, negros, índios, não se questiona se foram ou não crimes motivados pelo ódio, sem falar na subnotificação dos 'homocídios'. Nos crimes contra gays e travestis, mesmo quando há suspeita do envolvimento com drogas e prostituição, a vulnerabilidade dos homossexuais e a homofobia cultural e institucional justificam sua qualificação como crimes de ódio. É a homofobia que empurra as travestis para a prostituição e para a margens da sociedade. A certeza da impunidade e o estereótipo do gay como fraco, indefeso, estimulam a ação dos assassinos”, argumentou o professor.
Além da mobilização para a criação da Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT, também foram encaminhadas a realização de uma audiência com o Governador Jaques Wagner para apresentação das demandas do seguimento.
Fonte: Portal da Deputada Estadual Neusa Cadore
0 comentários:
Postar um comentário