Nota oficial da ABEH
A Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH) vem a público para também lamentar profundamente a decisão da presidenta Dilma de suspender o kit educativo preparado para combater a homofobia nas escolas de nosso país e educar os/as brasileiros/as para o respeito à diversidade sexual e de gênero.
A ABEH compactua com o protesto da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), da Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL), do Grupo E-Jovem e de milhares de militantes e defensores dos direitos humanos.
A ABEH considera o projeto Escola sem homofobia importantíssimo porque problematiza a cultura machista e homo/lesbo/transfóbica presente em nossa sociedade. Através da discussão e estudo da diversidade sexual e de gênero, realizado de forma laica e por profissionais preparados, será possível educar cidadãos que respeitem todos aqueles que não seguem as normas hegemônicas no tocante às identidades sexuais e de gênero.
A ABEH, que integra o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, conclama todos os professores, pesquisadores, militantes e demais cidadãos engajados na luta pelo respeito à diversidade (seja ela relacionada com as sexualidades, os gêneros, as etnias, os territórios, as gerações, as linguagens etc) a protestarem contra o conservadorismo que se organiza e se torna visível no momento em que a sociedade brasileira avança minimamente na garantia de direitos e oportunidades para todos e todas.
O do conservadorismo não atinge apenas a comunidade LGBT, mas coloca em risco todas as políticas públicas pensadas e existentes para garantir o respeito à diversidade e, por isso, se constitui em um atentado à democracia.
Associação Brasileira de Estudos da Homocultura – www.abeh.org.br
25 de maio de 2011
1 comentários:
Que mais entidades nacionais e locais lancem notas contrárias a essa revoltante ação da presidenta e que tomemos as ruas em mobilização, demonstrando que não pode haver lugar p/exclusão, opressão e homofobia neste país.
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