Em texto publicado nesta segunda-feira no jornal O Globo, na coluna de opinião, o frei Betto – conhecido religioso da ordem dominicana, ativista contra a pobreza - defendeu a união entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da homofobia. Frei Betto nasceu em Belo Horizonte, em 25 de agosto de 1944, foi preso duas vezes durante a ditadura e é um autor premiado internacionalmente. Atuante na área de direitos humanos, já coordenou o programa Fome Zero e é inspirado em suas ações pela Teologia da Libertação, participando das pastorais contra a pobreza e promovendo a inclusão e assistência aos pobres.
Em “Os gays e a Bíblia”, frei Betto lembra a atitude inclusiva de Jesus e a violência que a comunidade homossexual sofre pelo mundo, sendo inclusive considerada criminosa em 80 países, em alguns dele com pena de morte. O religioso lembra do silêncio da Igreja que recentemente condenou a decisão do STF de aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
“Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hetero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina” opina o frei que diz ainda que a Igreja não condena mas impede a manifestação do amor. “Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...)”, diz o texto.
O frei ainda lembra que no passado a igreja defendeu a escravidão, condenava judeus a terem matado Jesus, condenavam as crianças não batizadas ao limbo e eram contra a cobrança de juros. “Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?”, pergunta o frei.
Ao final, o escritor conclui: “Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei”.
Em “Os gays e a Bíblia”, frei Betto lembra a atitude inclusiva de Jesus e a violência que a comunidade homossexual sofre pelo mundo, sendo inclusive considerada criminosa em 80 países, em alguns dele com pena de morte. O religioso lembra do silêncio da Igreja que recentemente condenou a decisão do STF de aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
“Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hetero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina” opina o frei que diz ainda que a Igreja não condena mas impede a manifestação do amor. “Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...)”, diz o texto.
O frei ainda lembra que no passado a igreja defendeu a escravidão, condenava judeus a terem matado Jesus, condenavam as crianças não batizadas ao limbo e eram contra a cobrança de juros. “Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?”, pergunta o frei.
Ao final, o escritor conclui: “Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei”.
Fonte: Lado A
Nota do editor: Estamos aguardando a publicação do texto no site do O Globo para redirecionar aqui, ou a liberação do texto pelo escritório do frei.
1 comentários:
Parabéns, Frei Betto!!!!!!
Gostei muito de sua posição religiosa quanto ao assunto, pois o mais importante na vida, e Jesus deixou isso muito claro, é o amor acima de QUALQUER COISA, inclusive a discriminação e o preconceito.
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