Por Júlia Veras
Cidade ocupada pela Parada LGBT |
Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a lei que reconhece legalmente a união homoafetiva e, portanto, reconhece os direitos oriundos do relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, a discussão sobre preconceito e tolerância para com o público LGBT está presente nas mais diversas rodas, seja de conversa de amigos, discussão na igreja ou família e matérias na mídia. Recentemente, uma pesquisa sobre Discriminação Sexual e Tolerância, realizada na cidade pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, levantou alguns dados sobre a opinião do recifense sobre o assunto e mostrou que, embora este já seja mais respeitoso com a orientação sexual dos colegas de trabalho e amigos, ainda não aceita que eles possam oficializar uma união estável.
Aos pesquisadores, 98% dos entrevistados disseram que respeitam a orientação sexual homoafetiva, número que sobe para 99% quando se trata de um colega de trabalho. Quando a pergunta foi se o indivíduo aceitaria um filho homossexual, as coisas mudam um pouco de figura, e apenas 57% declararam aceitar o fato.
Outro dado que chamou atenção foi o fato de que um total de 60,1% dos entrevistados pela pesquisa revelou ser contra a união homoafetiva. Dentre os ouvidos, 45,9% já ouviram falar do kit anti-homofobia, do Governo Federal, e desse total, 73,6% são contrários à utilização dele nas escolas. Além disso, 61,5% dos pesquisados disseram se sentir mal ou constrangido ao ver duas pessoas do mesmo sexo se beijando.
“Podemos dizer que, em sua maioria, os recifenses respeitam bastante aqueles com quem eles mantêm uma relação indireta. No entanto, quando um filho se declara homossexual, a situação se torna mais complexa. Ou seja, eles respeitam os outros, mas não gostariam de casos assim na família”, pontuou a cientista social responsável pelo trabalho, Ivânia Porto. A pesquisa foi feita entre os dias 13 e 14 de junho. Foram entrevistadas 624 pessoas, seguindo dois critérios, de geografia e de cotas de idade e sexo. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.
Para Ivânia, embora o panorama seja de que ainda há muito a se trabalhar no tocante à educação para que se consiga criar uma cidade mais tolerante, a cientista social acredita que a pesquisa também pode ser vista com olhares de avanço de postura e comportamento. “Apesar desse ainda ser um assunto polêmico, os dados mostram que já existe mais tolerância em relação ao próximo, ao colega de trabalho, e que as pessoas já começam a aceitar que os filhos sigam a sua opção. O mais importante é que as pessoas estão mais abertas à discussão. Não vemos aqui no Recife uma violência tão forte quanto a que existe em São Paulo, por exemplo. Temos que pensar em educar melhor, para ampliarmos a cultura de respeito ao direito do próximo”.
Aos pesquisadores, 98% dos entrevistados disseram que respeitam a orientação sexual homoafetiva, número que sobe para 99% quando se trata de um colega de trabalho. Quando a pergunta foi se o indivíduo aceitaria um filho homossexual, as coisas mudam um pouco de figura, e apenas 57% declararam aceitar o fato.
Outro dado que chamou atenção foi o fato de que um total de 60,1% dos entrevistados pela pesquisa revelou ser contra a união homoafetiva. Dentre os ouvidos, 45,9% já ouviram falar do kit anti-homofobia, do Governo Federal, e desse total, 73,6% são contrários à utilização dele nas escolas. Além disso, 61,5% dos pesquisados disseram se sentir mal ou constrangido ao ver duas pessoas do mesmo sexo se beijando.
“Podemos dizer que, em sua maioria, os recifenses respeitam bastante aqueles com quem eles mantêm uma relação indireta. No entanto, quando um filho se declara homossexual, a situação se torna mais complexa. Ou seja, eles respeitam os outros, mas não gostariam de casos assim na família”, pontuou a cientista social responsável pelo trabalho, Ivânia Porto. A pesquisa foi feita entre os dias 13 e 14 de junho. Foram entrevistadas 624 pessoas, seguindo dois critérios, de geografia e de cotas de idade e sexo. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.
Para Ivânia, embora o panorama seja de que ainda há muito a se trabalhar no tocante à educação para que se consiga criar uma cidade mais tolerante, a cientista social acredita que a pesquisa também pode ser vista com olhares de avanço de postura e comportamento. “Apesar desse ainda ser um assunto polêmico, os dados mostram que já existe mais tolerância em relação ao próximo, ao colega de trabalho, e que as pessoas já começam a aceitar que os filhos sigam a sua opção. O mais importante é que as pessoas estão mais abertas à discussão. Não vemos aqui no Recife uma violência tão forte quanto a que existe em São Paulo, por exemplo. Temos que pensar em educar melhor, para ampliarmos a cultura de respeito ao direito do próximo”.
Fonte: Folha de Pernambuco Digital
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