Número de agressões continua alta na região
Dois amigos foram atacados por um grupo de sete jovens na entrada do metrô Consolação, na avenida Paulista (região central de São Paulo), na madrugada de sábado.
Os arquitetos Bruno Chiarioni Thomé, 33, e Rafael de Medeiros Ramos, 30, voltavam de um bar às 5h quando um copo de vidro foi lançado contra eles, sem os atingir. Logo depois, uma pedra acertou a cabeça de Bruno e depois bateu de raspão em Rafael.
Ao se aproximar de um grupo de rapazes que estava no local, Bruno conta que foi xingado. "Gritaram: sai daqui, viado'." Ele e Rafael não são homossexuais.
Houve briga entre o grupo de rapazes e os dois amigos. Pouco depois, quando viram que os seguranças do metrô subiam as escadas da estação, os agressores fugiram.
Os jovens aparentavam ter cerca de 20 anos e não pareciam pertencer a grupos de punks ou skinheads.
Um deles, de 19 anos, foi reconhecido por Rafael, e levado ao 8º DP (Belém), onde o caso foi registrado.
Na delegacia, o rapaz disse que passava pela rua e foi agredido por Rafael. A Folha tentou contato com ele, mas uma mensagem dizia que seu telefone estava "temporariamente fora de serviço".
Bruno levou sete pontos na cabeça, por causa da pedrada, e quebrou o dedo indicador da mão direita.
O caso deve ser investigado a partir desta segunda-feira.
A região da avenida Paulista já foi palco de diversas agressões com suspeita de motivação homofóbica.
No dia 25 de janeiro, um doutorando da USP, homossexual, afirmou ter sido agredido, com um amigo, com uma garrafada no olho direito. Ele atribui a ação a um ataque homofóbico.
No dia 14 de novembro, um grupo de cinco jovens atacou três pessoas em dois momentos diferentes.
Fonte: Folha.com
Facebook
0 comentários:
Postar um comentário