Dia 28 de setembro é o Dia Latino-Americano e Caribenho pela Descriminalização e Legalização do Aborto. Em nosso país, a discussão pela legalização do aborto caminha pela marginalidade, pois a despeito do número de mulheres que morrem nesse processo, existe um discurso religioso e moralista impedindo a legalização desse processo. No Brasil, só é permitido que a mulher realize aborto sobre duas circunstâncias: gravidez de risco ou violência sexual (Código Penal, artigo 128, I e II)
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina Social publicada no ano de 2007 revela os números do aborto no Brasil. Vale à pena acessar: http://www.ccr.org.br/uploads/eventos/mag_aborto.pdf Essa pesquisa aponta a região Norte e Nordeste como as regiões onde há maior índice de gravidez interrompida. Sinaliza também que o número de óbitos é maior entre as mulheres negras e pardas.
Dessa forma, podemos notar que o aborto é um problema de saúde pública. Mesmo de forma clandestina, o aborto é praticado em condições que põe em risco a saúde da mulher, principalmente as das baixas camadas sociais, vistos que estas são as mais vulneráveis. Precisamos levar o debate sobre a legalização para todas as esferas do poder público, bem como fomentar esse debate nas escolas, universidades, associações de bairro, etc. É preciso realizar um trabalho informativo que busque conscientizar sobre a importância da legalização do aborto. É necessária a compreensão que considerar o aborto como crime é mais uma faceta do patriarcado que tira da mulher o direito de exercer a autonomia de seu corpo.
As blogueiras feministas fizeram uma chamada para blogagem coletiva pela descriminalização e legalização do aborto (http://blogueirasfeministas.com/2011/09/chamada-blogagem-aborto/comment-page-1/#comment-6692). O Coletivo Lesbibahia, um grupo formado por lésbicas e mulheres bissexuais abraça essa idéia.
LesBiBahia
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