O Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB) ajuizou ação civil pública contra seis pessoas acusadas de coordenar o tráfico internacional de travestis no Estado. Segundo o procurador-chefe do órgão, Eduardo Varandas Araruna, esse foi o primeiro caso detectado na Paraíba. “Uma parte do grupo fica na Itália, responsável pela receptação, e outra fica em municípios paraibanos, encarregada da remessa dos jovens”, disse.
De acordo com Araruna, o esquema de aliciamento tem como alvo jovens pobres de cidades do interior da Paraíba, os quais facilmente se encantam com as falsas promessas dos criminosos. “Eles se enganam com a falsa ideia de glamour, que ficarão ricos e poderão voltar à sua terra, mas isso não acontece”, disse.
Segundo ele, casos semelhantes ocorrem em todo o país, inclusive envolvendo menores de idade. “O Brasil é dos grandes exportadores do mercado do sexo no exterior.”
Os acusados agiam em municípios do interior da Paraíba. Com a promessa de lucro fácil, o grupo aliciava jovens e adolescentes. A principal estratégia era realizar grandes festas, além de comprar imóveis e carros importados. Isso era suficiente para ganhar a confiança das vítimas, que eram levadas para o exterior. A atividade teria começado em 1999.
Os jovens eram explorados na Itália, sofrendo agressão física e psicológica. As ameaças também eram constantes, caso não conseguissem ‘pagar’ as quantias cobradas pelos aliciadores. A cobrança seria referente a custos de viagem, ponto de prostituição, hospedagem, alimentação e transporte.
Para o procurador-chefe do MPT, “a situação é de total vulnerabilidade, sobretudo em razão das péssimas condições de trabalho unilateralmente impostas pelos aliciadores, atividade ilícita, falta de perspectivas de vida, insegurança e pobreza”.
Araruna explicou que conivência dos familiares dificulta ainda mais o combate a esse tipo de crime. “Eles sonham que os filhos ganhem dinheiro e suas vidas se transformem”, afirmou. “É impressionante como a situação econômica prevalece sobre qualquer valor humano.”
O MPT está tratando o caso como rede organizada de exploração sexual para fins comerciais, mediante tráfico internacional de pessoas, fraude e condições análogas a de escravos. A ação pede indenização conjunta de R$1 milhão, a título de dano moral coletivo, além da quebra de sigilo fiscal dos envolvidos no esquema, bloqueio das contas bancárias, de veículos e de todos os bens móveis e imóveis até o limite do valor da indenização.
De acordo com Araruna, o esquema de aliciamento tem como alvo jovens pobres de cidades do interior da Paraíba, os quais facilmente se encantam com as falsas promessas dos criminosos. “Eles se enganam com a falsa ideia de glamour, que ficarão ricos e poderão voltar à sua terra, mas isso não acontece”, disse.
Segundo ele, casos semelhantes ocorrem em todo o país, inclusive envolvendo menores de idade. “O Brasil é dos grandes exportadores do mercado do sexo no exterior.”
Os acusados agiam em municípios do interior da Paraíba. Com a promessa de lucro fácil, o grupo aliciava jovens e adolescentes. A principal estratégia era realizar grandes festas, além de comprar imóveis e carros importados. Isso era suficiente para ganhar a confiança das vítimas, que eram levadas para o exterior. A atividade teria começado em 1999.
Os jovens eram explorados na Itália, sofrendo agressão física e psicológica. As ameaças também eram constantes, caso não conseguissem ‘pagar’ as quantias cobradas pelos aliciadores. A cobrança seria referente a custos de viagem, ponto de prostituição, hospedagem, alimentação e transporte.
Para o procurador-chefe do MPT, “a situação é de total vulnerabilidade, sobretudo em razão das péssimas condições de trabalho unilateralmente impostas pelos aliciadores, atividade ilícita, falta de perspectivas de vida, insegurança e pobreza”.
Conivência dos pais
No processo, que contém mais de oito volumes, os depoimentos de familiares são impressionantes. Durante várias fases, o procurador perguntou às mães o que elas desejariam para os filhos quando eles crescessem. “De pronto responderam que queriam que eles fossem travestis para trabalhar fora do país”, disse o promotor.Araruna explicou que conivência dos familiares dificulta ainda mais o combate a esse tipo de crime. “Eles sonham que os filhos ganhem dinheiro e suas vidas se transformem”, afirmou. “É impressionante como a situação econômica prevalece sobre qualquer valor humano.”
Câmara dos Deputados
Araruna disse que encaminhou ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-BA) pedido de providências na Câmara dos Deputados sobre o tráfico internacional de travestis. Sobre o caso registrado na Paraíba, ele informou que foram verificados crimes como tentativa de homicídio, agressão física e retenção de documentos, sobretudo de passaporte, o que impossibilita o retorno dos jovens ao Brasil.O MPT está tratando o caso como rede organizada de exploração sexual para fins comerciais, mediante tráfico internacional de pessoas, fraude e condições análogas a de escravos. A ação pede indenização conjunta de R$1 milhão, a título de dano moral coletivo, além da quebra de sigilo fiscal dos envolvidos no esquema, bloqueio das contas bancárias, de veículos e de todos os bens móveis e imóveis até o limite do valor da indenização.
0 comentários:
Postar um comentário