Momento de identificar avanços e oportunidades

Liderança. Carlos Magno Fonseca coordena o evento e o Centro de Referência LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte

Apontado como um dos principais eventos da militância LGBT brasileira, o IV Congresso Nacional da ABGLT começa na próxima segunda-feira e, pela primeira vez, realiza-se em Belo Horizonte. Trazendo à capital mineira cerca de 250 militantes de todo o país, o evento segue até a próxima sexta, organizando-se em torno de cinco mesas temáticas relacionadas à saúde, política e aos direitos humanos, dentre outros assuntos.

Segundo Carlos Magno Fonseca, coordenador do evento e do Centro de Referência pelos Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte, um dos principais momentos do congresso corresponde à mesa intitulada ABGLT na Conferência Nacional LGBT - Por um Plano de Mobilização, Proposições e Controle Social, prevista para quinta-feira (3).

"Nessa mesa, vamos fazer uma análise profunda das políticas públicas relacionadas à comunidade LGBT, identificando o que foi realmente implementado e o que ainda requer ajustes por parte do governo. Trata-se de um momento importantíssimo, no qual serão debatidas e definidas as questões que levaremos à Brasília em dezembro", explica Fonseca, em referência a debates que perpassam campos como saúde, cultura, educação, segurança pública, juventude, trabalho e renda.

Na mesma quinta-feira, a partir das 14h, os participantes do congresso planejam reunir-se na praça Sete, em um ato público. "Por meio desse ato, pretendemos potencializar uma campanha nacional em defesa da criminalização da homofobia. Mesmo tendo alcançado vitórias nas esferas executiva e judiciária, ainda temos grandes desafios no que se refere ao poder legislativo", comenta o coordenador, que enxerga o combate à violência como uma causa do interesse de qualquer cidadão.

Formação. Sede do IV Congresso Nacional da ABGLT, Minas Gerais é também o Estado com mais participantes inscritos. Na visão de Fonseca, essa é uma grande oportunidade para formar e fortalecer as lideranças locais e, consequentemente, o movimento LGBT em todo o estado.

"Além de demonstrar a força do nosso movimento, a realização do congresso em Belo Horizonte oferece a todos os participantes a chance de ter acesso a outros conhecimentos e experiências. Esperamos, de fato, que a realização desse evento repercuta sobre a qualidade da militância no Estado", analisa.

Fonte: O Tempo