A UNESCO, Organização para Educação, Ciência e Cultura das Nações Unidas, coordena entre os dias 6 e 9 de Dezembro, no Rio de Janeiro, a primeira consulta internacional das Nações Unidas para lidar com o bullying contra alunos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), nas escolas e nas universidades. A iniciativa surgiu depois que estudos apontaram que atitudes homofóbicas e transfóbicas deixam as pessoas LGBT vulneráveis a taxas alarmantes de crimes de ódio, discriminação e violência por causa de sua orientação sexual. A situação é mundial e a entidade resolveu estudar o tema e se posicionar. Para participar do processo foram convidados especialistas e representantes de entidades de todo o mundo que se reúnem no evento para complementar o texto previamente elaborado pela entidade.
Durante o encontro, serão avaliadas iniciativas e políticas públicas de todo o mundo contra a homofobia e o bullying homofóbico e serão retiradas sugestões práticas para serem recomendadas aos ministérios da Educação. Nos Estados Unidos, mais de 90% dos estudantes LGBT afirmam ter sido vítimas de assédio homofóbico; na Nova Zelândia, 98% das pessoas LGBT afirmam que já foram verbal ou fisicamente abusadas na escola. Essa violência homofóbica viola o direito dos jovens à educação e a ambientes de aprendizagem seguros. A questão também implica sobre o índice de abandono das escolas e suicídio dos jovens LGBT.
Participarão da consulta especialistas de 25 países Austrália, Bélgica, Lituânia, Camarões, China, Colômbia, Dinamarca, El Salvador, Macedônia, Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda, Israel, Jamaica, México, Namíbia, Holanda, Peru, Samoa, África do Sul, Suécia, Turquia, EUA e Brasil.
Fonte: Lado A
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