DOIS TERÇOS
As comemorações do Dia Internacional da Mulher foram marcadas por protestos e manifestações durante uma caminhada do Campo Grande até a Praça Castro Alves, na tarde de ontem (8). A celebração em homenagem as mulheres, em Salvador, contou com a participação das transexuais baianas, que foram as ruas para reivindicar os seus direitos. O fim da violência contra as mulheres trans e o direito de usar o nome civil nos documentos foram alguns dos pedidos feitos.
O ato, organizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e pela Associação de Travestis de Salvador (ATRAS), levou ao público as lutas e desejos das lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT), juntamente com uma multidão de mulheres que literalmente colocou o bloco na rua para protestar e exigir direitos iguais na sociedade, não apenas no dia 8 de março, mas sim todos os dias
Com faixas em punho e prontas para seguir as ruas do centro mesmo com a chuva que caiu minutos antes, os militantes não desistiram do objetivo de conscientização da caminhada. As lideranças LGBT marcaram presença e mostram sua revolta com a falta de oportunidade e respeito para com a comunidade trans em Salvador.
Keila Simpson, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), afirmou que acredita muito em movimentos como este, pois através deles pode-se pressionar os governantes para a criação de políticas e leis voltadas para os travestis e transexuais. Outras garantias requeridas são o direito ao trabalho, à saúde e à educação, e o banimento de qualquer forma de preconceito contra todos, de uma vez por todas.
A manifestação encerrada na Praça Castro Alves teve discurso e celebração debaixo de muita chuva e esperança de dias melhores.
Foto: Genilson Coutinho
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