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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Doutor Jesus vai ao 2 de Julho

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O deputado Sargento Isidorio (PSB) mobilizou seu exército, formado por jovens usuários de drogas e em situação de risco, assistidos pela Fundação Doutor Jesus, pensando numa possibilidade de guerra total dos professores baianos contra o governador Wagner.

Não é que quebrou a cara, pois, apesar de alguns incidentes isolados, levados a cabo por pessoas mais radicais, o grosso da categoria em greve, mais de cinco mil, preferiu se concentrar num bloco único e desfilar, muito atrás do cortejo oficial, com uma mensagem de “paz, luta e resistência”. Procuraram, com isso, ampliar e fortalecer a opinião pública favorável à sua causa.

Centenas de jovens da Fundação, comandados por 2 homens em roupa de camuflagem e sistema de escuta via rádio, se perfilaram estrategicamente em torno da comitiva do governador, gritando palavras de ordens e cantando a marchinha “Oh!Governador chegou.Oh,Oh,Oh, toda vez que se ouvia uma vaia contra Wagner e sua comitiva.

O grande problema foi que nem os dois comandantes da “tropa”, nem o deputado Sargento Isidorio, que desfilou o tempo todo com a Bíblia nas mãos, consegui fazer com que a garotada se limitasse apenas a exercer o papel de claque.

O resultado que vimos, e que poderia ser facilmente previsto por alguém de bom senso, foram empurrões desnecessários, num deles originando a queda de uma fotógrafa e a “tropa” não se dignando a ajudá-la, passando literalmente por cima da jovem, ameaças, e, o mais grave, um “garoto de Isidorio”, fato que presenciei, dando uma tapa num cidadão que vaiava o governador.  
Massa de manobra
Tudo muito lamentável, mas não podemos ficar apenas no lamento. É preciso que a sociedade e pessoas de bom senso deem um basta neste tipo de situação. Esses jovens, a princípio, estão em tratamento e devem ser assistidos por equipe multidisciplinar e não podem servir de massa de manobra toda vez que o deputado Sargento Isidoro se sinta politicamente ameaçado ou queira “prestar um serviço” para alguém.

Acredito que não é este o tipo de prestação de serviços que as instituições de Estado, que conveniam com a Fundação Doutor Jesus, esperam do deputado que preside a organização social.

As experiências históricas que conhecemos nos dizem que esse tipo de comportamento, mobilizar massas alienadas e entorpecidas, para fins políticos mesquinhos e menores, não contribuem para o aperfeiçoamento dos indivíduos e das sociedades humanas, muito pelo contrário.

Carregamos ainda frescas nas nossas memórias, as experiências nefastas do nazi-fascismo, particularmente as ações violentas da manietada juventude hitlerista.

Sei que é forte a comparação, mas acredito que, pelo menos no método, não no conceito e na dimensão, são situações que podemos fazer algumas analogias. E como diz a experiência popular, o mal, muitas vezes, começa miúdo, imperceptível (o ovo da serpente) e, por muitas omissões, ou pelo “sono da razão”, cresce e vira monstro.

Fonte: Bahia Todo Dia

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