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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

GLICH desenvolve ações de prevenções no interior da Bahia

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O GLICH, por meio do Projeto Interior na Palma da mão: “Fique Sabendo”, onde tem Paradas LGBT tem ação de prevenção, financiado pelo Departamento de DST/AIDS e HV e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), realizará ações de prevenção nas cidades do interior da Bahia, abrangendo municípios onde haverão Paradas LGBT. Diversas atividades de prevenção estão previstas para serem executadas pela entidade, entre elas: intervenções com distribuição de material informativo e preservativos, palestras em escolas e seminários, com o intuito de discutir questões relacionadas às DST/HIV/AIDS, sexualidade e Direitos Humanos entre os LGBT.

As intervenções acontecerão em municípios que não receberam nenhum tipo de apoio em relação à prevenção. A equipe do projeto realizará diversas visitas aos grupos LGBT de cada cidade, montando um planejamento estratégico abarcando as atividades de prevenção à serem aplicadas nas respectivas localidades.

Nos municípios baianos, verifica-se uma carência de ações contínuas de promoção à equidade, ao enfrentamento de preconceitos e estigmas que assolam LGBT. As paradas são momentos oportunos de se incluir nas pautas destas cidades temas relacionados à prevenção ás DST/HIV/AIDS, Hepatites Virais e Direitos Humanos.

O Projeto tem como objetivos, contribuir para reduzir a incidência das DSTAIDS e Hepatites Virais entre a população LGBT. Desenvolvendo ações de prevenção e promoção dos direitos humanos de LGBT em pelos menos oito cidades baianas, durante as atividades e eventos do Orgulho LGBT. Divulgando a campanha do “Fique Sabendo” e vacinação contra hepatites virais, incentivando a realização do teste e diagnóstico precoce de HIV/AIDS na comunidade LGBT. Para o alcance desses objetivo empenharemos esforços na sensibilização, instrumentalização e incentivo às práticas sexuais mais seguras e, desta forma, ampliando as informações sobre os métodos de prevenção entre a população LGBT de oito Cidades do interior da Bahia contribuindo para redução da incidência das DST/AIDS/HV entre essa população.  

Na Bahia existem 417 municípios, dos quais cerca de vinte e cinco realizam paradas LGBT. Segundo dados do Boletim Epidemiológico AIDS - Ano V nº 1 - julho a dezembro de 2007/janeiro a junho de 2008 a Bahia tem notificado pelo SINAN casos acumulado de 1980 até inicio de 2008 um número de 10.498, enquanto no Boletim IV nº1 segundo dados do SINAN no primeiro semestre de 2007 foi registrado 9.873, estes dados revelam um aumento na incidência de casos de AIDS no Estado, que segui a mesma tendência de outros estados nordestinos, que ao contrário das regiões Centro-oeste e sudeste, apresentam significativo crescimento na taxa de incidência de AIDS.

Dos municípios baianos que realizam Paradas LGBT, apenas, 6 recebem apoio para ações de prevenção. A população LGBT ainda é uma das que mais se encontram em situação de vulnerabilidade em relação às DST/AIDS, de acordo com o Plano de enfrentamento a epidemia de AIDS e das DST entre Gays e outros HSH e travestis a taxa de incidência entre HSH é 11 vezes maior à da População em geral, por uma série de fatores sociais. Nas cidades do interior aonde muitas vezes não chegam informações adequadas às vulnerabilidades ficam ainda mais intensas.

Atualmente na Bahia, segundo dados da Secretária de Saúde pelo menos 81% dos municípios baianos apresentam pelo menos 01 casos de AIDS, sendo que esses dados podem ser subnotificados já que uma grande parcela da população não realiza o teste de HIV e quanto mais se interioriza menos há a prática de realização do exame.

Muitas dessas cidades do interior baiano recebem grande fluxo de turistas, têm uma população em situação de vulnerabilidade social, apresentam um grande número de população LGBT e quase não são assistidas com programas de prevenção sendo as Paradas LGBT um momento estratégico de despertar na população destas cidades a importância da prevenção.

Na Bahia em 1999, cerca 50% dos municípios apresentavam pelo menos um caso de AIDS, dez anos depois, o número de cidades aumentou para 81% do total existente no Estado. Tais informações ilustram como a AIDS vem a cada dia se interiorizando, tornando urgente o desenvolvimento de ações de prevenção e realização de diagnósticos precoces de HIV/AIDS, não só em grandes centros urbanos e capitais, mas, também, nas cidades do interior. A Bahia é composta por 417 (quatrocentos e dezessete) municípios deste total 338 (trezentos e trinta e oito) apresentam pelo menos um caso de AIDS. De acordo com o Boletim Epidemiológico de primeiro de agosto de 2009, publicado pela Secretária de Saúde da Bahia e Coordenação Estadual de DST/AIDS, esses dados denotam a capacidade da epidemia em se disseminar e a urgência de criar mecanismos eficientes para enfrentá-la.

Segundo dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas Sexuais (PCAP), de 2004, calculou que a taxa de incidência da AIDS no segmento populacional de Gays e Homens que fazem sexo com Homens (HSH) brasileiros é cerca de onze vezes maior que a taxa da população geral. Dados do Boletim Epidemiológico da Bahia de agosto de 2009 calculam que a taxa de incidência no Estado é de 77/100.000, porém deve-se considerar que esses dados podem está aquém da realidade quando comparado o número total de habitantes em relação ao número de pessoas que fazem exames de HIV/AIDS no Estado, demonstrando a necessidade de uma melhor formulação e qualificação destes dados.
Há no Estado, apenas vinte e seis Programas municipais de DST/HIV/AIDS e um número ainda mais reduzido de Programas municipais de Hepatites. Essa deficiência de dificulta a execução de ações de prevenção no interior Baiano, assim como, a realização do diagnóstico precoce das DST/AIDS. 

 Assim, diante da falta de atividades que promovam ações de prevenção das DST/HIV/AIDS, de promoção à saúde e aos direitos humanos, durante as ações de visibilidade do orgulho LGBT fica visível a necessidade de realizar nas Atividades do Orgulho LGBT de cidades do interior baiano ações voltadas as problemáticas citadas acima, tendo por finalidade incentivar atividades frequentes de prevenção das DST/HIV/AIDS, Hepatites Virais e promoção dos Direitos Humanos, outrossim a realização do teste e diagnóstico precoce do HIV nas cidades envolvidas, atentando para as Paradas LGBT não como um momento apenas de festa, mas como uma oportunidade de mobilização e transformação social.

Fonte: Divulgação

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