A princípio, nos reuniremos na frente da Câmara dos vereadores de SSA, às 17h. Pedimos que levem cartazes, bandeiras, apitos... A ideia é fazer um protesto na praça e depois seguir para a sessão especial, marcada para as 19h. Veja convite da sessão em anexo [ao lado].
Sem expressão pública da nossa indignação, esse duplo assassinato de lésbicas não passa. Hoje estaremos distribuído na atividade de Lauro de Freitas a Carta Aberta que elaboramos ontem, amanha e depois também. O mesmo ocorrerá em Cachoeira e Conceição do Coité.
Sem expressão pública da nossa indignação, esse duplo assassinato de lésbicas não passa. Hoje estaremos distribuído na atividade de Lauro de Freitas a Carta Aberta que elaboramos ontem, amanha e depois também. O mesmo ocorrerá em Cachoeira e Conceição do Coité.
Segue a Carta para dibulgação/distribuição.
CARTA ABERTA
CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA JÁ!!!!
No dia 25 de agosto de 2012, a Bahia se comoveu e se indignou com as notícias veiculadas nos jornais locais sobre o assassinato de um casal de jovens lésbicas negras no município de Camaçari; Laís Fernanda dos Santos, 25 anos, atingida por dois tiros no tórax e mais um na cabeça e Maira Dias de Jesus, 22 anos, que recebeu um tiro na cabeça, enquanto andavam de mãos dadas expressando o amor entre iguais, morreram no local. Segundo investigação preliminar do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os tiros teriam partido de um único atirador.
De acordo com o Mapa da Violência 2012 – Homicídio de Mulheres[1] – nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país mais de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. Os dados de homicídios de mulheres no Brasil revelam o feminicídio praticado pela sociedade, isto é, revelam a matança de mulheres em função do seu sexo em meio a formas de dominação, exercício de poder e controle sobre as mulheres. A mesma fonte indica que a Bahia apresenta o sexto maior índice da taxa de homicídio feminino.
A violência impetrada contra as mulheres negras, brancas e de todas as etnias, tem múltiplas faces. Uma delas é a lesbofobia, que tem sido invisibilizada, tanto pela classe e gênero como pela raça. Os dados da homofobia na Bahia e no Brasil indicam que é preciso que toda a sociedade esteja atenta para impedir que a lógica (re)produtora da homofobia continue matando lésbicas, gays, travestis e transexuais. É preciso desestabilizar o processo de invisibilização e violência contra homossexuais femininos e masculinos. É preciso criminalizar a homofobia.
De acordo com os dados do Grupo Gay da Bahia[2], 109 lésbicas foram assassinadas de 1983 a 2012, uma média de 4,5 assassinatos por ano. Possivelmente este número maior. Só em 2012 foram 13 assassinatos. Nunca antes na história deste país foram assassinadas tantas lésbicas como em 2012, e o ano ainda não terminou!
[2] Disponível em: http://homofobiamata. wordpress.com/?cat=2170043
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