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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

[ARTIGO] Qual é a de Bento mesmo? - Lyz Gomes

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Como se não nos bastassem os evangélicos fanáticos que usam o nome de Deus para segregar e excluir, como se não bastasse o presidente Lula dizer que vai evitar polêmica, recuando no programa de direitos humanos. Agora me vem o Papa Bento XVI em nome sabe-se lá de que e de quem ou de quen"s"(desconfio que ainda seja em nome do poder totalitarista, onde mulheres eram inferiores) ser contra o casamento gay.

Percebo que para as religiões dominantes o mundo não muda, nem avança. Os seculos parecem estáticos ante as situações para esses segmentos. Detonar o casamento gay, no minimo no Brasil significa detonar vinte milhões de pessoas que desejam o minimo enquanto cidadãos e cidadãs. Ir contra esses avanços, significa relegar mais que vinte milhões de pessoas a invisibilidade e vulnerabilidade. Significa atingir suas familias, seus sonhos, desejos e a plenitude de atividades coletivas pelo preconceito.

O cargo de papa, atua diretamente contra o que ele prega, uma vez que eles não casam nem constituem familias. Entende-se que lideres católicos espirituais, não deveriam contrair matrimônio para não dividir a renda. Isso há muitos séculos atrás. E nada disso avançou mesmo muitos séculos depois. Só que há uma diferença absurda, do papado para cidadãos comuns. E essa diferença sente-se exatamente na negação dos direitos que o Papa Bento XI insiste em continuar deixando bem explicado em seus pronunciamentos.

Somos cidadãos e cidadãs comuns, nem sempre católicos, nem sempre evangélicos, quase sempre ateus, que necessita do estado como esfera da garantia dos direitos da cidadania em sua diversidade e amplitude. O Papa Bento XVI é apenas um, e esse um deve ser sensibilizado para que possa entender de forma séria e comprometida que não há um unico caminho a ser seguido. E que quando chove na horta que ele plantou, chove na minha orta que sou atéia.

Mas que se na horta dele houver seca, há a desigualde social da minha para a dele que certamente será irrigada. E que essa concentração de renda que impera no capitalismo selvagem está com os dias contados para a reforma mundial que desponta nesse século.

Lyz Gomes
Presidente do Grupo LGBT OMNI

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