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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Amor entre mulheres

13 comentários

(Matéria do Jornal Estado de Minas - Suplemente Bem Viver, do dia 24 de janeiro de 2010)

Relações homossexuais ainda são tabu na sociedade, mas cada vez mais organizações não governamentais, editoras e grupos de gays, lésbicas e simpatizantes estão se mobilizando


Déa Januzzi

A conversa é entre mulheres, mas a família toda se envolve, sofre, aceita, rejeita, nega, se desespera ou finge que não é com ela. E as mulheres que se apaixonam por mulheres vão levando uma vida às escondidas. Em público, se portam como boas amigas. Não se tocam, não se beijam, não trocam carinhos explícitos. Deixam a intimidade para depois, entre quatro paredes. Ou em bares de gays, lésbicas e simpatizantes (GLS). O medo de causar mais tristeza e desamparo à família é tanto que só se deixam fotografar de costas, sem revelar nomes, profissão e outros detalhes.

Sem consultar a companheira, Rosana (nome fictício), de 38 anos, se prontificou a dar entrevista, nome e profissão e a enviar as fotos do casal por e-mail. Assim fez e cumpriu. Um dia depois, telefonou desistindo, dizendo para procurar outras personagens, pois a namorada tinha terminado com ela ao saber da reportagem. Disse que o pai da companheira poderia morrer de infarto se visse as duas no jornal e que a mãe, muito religiosa, também não aguentaria.

As dificuldades das lésbicas estão no livro Entre mulheres, depoimentos homoafetivos, da professora paulista Edith Modesto, de 72 anos, heterossexual convicta e mãe de sete filhos – o caçula, gay, que faz pós-doutorado na Califórnia, é responsável pelo despertar de Edith para a causa. Ela é autora, também pelo selo GLS, da Editora Summus, de Vidas em arco-íris – depoimentos sobre a homossexualidade e Mãe sempre sabe? Mitos e verdades sobre pais e seus filhos homossexuais. Além de fundadora e presidente da ONG Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais (GPH), é idealizadora do Purpurina – projeto sociocultural para jovens gays e lésbicas, de 13 a 24 anos. Edith comanda também diversos projetos de educação sobre a diversidade sexual, com palestras para psicólogos, profissionais da saúde e militantes.

O livro Entre mulheres é uma coletânea de relatos de lésbicas de diversas idades e ocupações que expõem, sem pudores, as descobertas, as angústias, os sucessos e as derrotas colecionados durante a luta por reconhecimento e respeito. Muitos dos depoimentos são desabafos ou pungentes pedidos de socorro. São histórias de vida que a autora recolheu durante anos, no decorrer de sua atividade como pesquisadora e militante de projetos de apoio a jovens homossexuais e seus pais. "O livro traz depoimentos de mulheres homossexuais, mas poderiam ser negras ou em condições socioeconômicas de risco. Meu interesse é a mulher, que muitas vezes sofre duplo, triplo preconceito. É uma obra em defesa dela, que é cidadã e tem direitos que devem ser respeitados", garante Edith.

Quebrando as barreiras familiares
Lésbicas ainda lidam com o preconceito, embora as relações estejam mais leves e as mulheres saibam enfrentar melhor os pré-julgamentos

De salto alto, unhas impecavelmente pintadas, cabelos lisos, batendo na cintura, as duas chegam para a entrevista depois das 18h, na Região da Savassi. Extremamente femininas, Luiza, de 28 anos, e Jenifer, de 23 (nomes fictícios) são lésbicas. Moram juntas há um ano e cinco meses e, no dia do encontro, estavam comemorando a aquisição de um apartamento. Acabavam de assinar o contrato de compra. Juntas, estão decorando o apartamento e já providenciaram inclusive uma moto. Por enquanto, só uma delas pode assinar o contrato, pois no Brasil ainda não foi legalizado o casamento entre homossexuais, com direito a comunhão de bens e herança em caso de morte.

Alegres e cheias de vida, elas contam que se conheceram na boate The L, no Bairro Santo Antônio. “Foi igual a um filme o nosso primeiro encontro. Minha mão esbarrou na dela sem querer”, conta Luiza. Jenifer, então, se virou para xingá-la, porque a boate estava lotada, “mas a partir daí nos beijamos e nos apaixonamos. Com dois meses de namoro, os pais dela começaram a implicar, pois não aceitam de jeito nenhum”.

Enquanto a família de Luiza vê tranquilamente o relacionamento da filha lésbica, os pais de Jenifer fizeram de tudo para impedir, inclusive, “não deixá-la telefonar para mim, pôr de castigo, ameaçar etc.”, conta Luiza. De comum acordo, as duas resolveram morar juntas e Jenifer passou a fazer parte da família de Luiza, que foi criada pela mãe e pelos avós, que não só aceitaram as duas como respeitam e sempre cedem o quarto de casal para que elas durmam juntas quando vão visitá-los. “Com a minha família é tudo muito tranquilo, ninguém condena”, diz Luiza, que ainda quer ajudar muito Jenifer, para que ela não fique desamparada na vida. “Por enquanto ainda temos planos de saúde separados, mas espero que mude em breve. Sei que já existem contratos de união estável feitos em cartórios, mas preferimos ir a Portugal em julho para nos casar. No dia 8, o parlamento português aprovou um projeto que legaliza os casamentos homossexuais. Pela lei, casais homossexuais terão os mesmos direitos que os heterossexuais, inclusive em questões de impostos, heranças e habitação. É legal porque o irmão de Jenifer mora em Portugal e já está providenciando os papéis.”

Luiza nunca precisou contar para a mãe. “Todo mundo sabe da minha atração por mulheres. Mas não é preciso verbalizar. Como diz Guimarães Rosa, ‘ser mineiro é não tocar no assunto’. Ninguém tem a coragem de perguntar explicitamente, mas todos sabem. Minha avó de 70 anos foi uma das primeiras a me defender. Não aceita que ninguém fale mal de mim.”

SONHOS As duas consideram o relacionamento muito bom. “Fazemos as mesmas coisas que um casal normal. Viajamos juntas para a Serra do Cipó, Lavras Novas, Macacos, Casa Branca, e também para as praias do Rio, como Búzios e Cabo Frio. E pretendemos formar uma família, com filhos e tudo. Se o dinheiro permitir, vai ser por inseminação artificial. Adoção seria a última escolha”, diz Luiza, que foi criada sem pai e acha que educar filho é mais uma questão de amor do que de gênero. “Cada um tem o direito de viver sem preconceitos e prejulgamentos.”

Apesar de ter saído de casa, Jenifer não deixa de visitar a mãe, mas sempre vai sozinha e sonha que um dia os seus pais vão ver, com bons olhos, o relacionamento com Luiza, porque elas estão apaixonadas. As duas trabalham o dia inteiro e só se encontram à noite. “Quem chega primeiro faz o jantar com os pratos de que a outra gosta. Luiza, por exemplo, é fã de comida japonesa.”

Na verdade, elas também enfrentam dificuldades de se beijar e de se abraçar na frente de outras pessoas, mas “não tem jeito de esconder um toque, um olhar, um afeto. As pessoas acabam olhando atravessado, mas eu nem ligo”, diz Luiza, que complementa: “Também temos as nossas brigas, os ciúmes, mas não ficamos de mal por muito tempo. É um relacionamento normal entre duas pessoas que se amam”.

DEPOIMENTOS

Sofrimento, solidão

“Descobri que sou homossexual aos 14 anos. Tive certeza aos 15. Na verdade, desde pequena me achava diferente de muitas crianças e sofria bastante com isso. Minha mãe descobriu a primeira vez que eu fiquei com uma menina. Me bateu muito, me xingou e disse palavras horríveis. Mas não parei porque sei do que realmente gosto. Hoje, namoro uma menina de 20 anos. Faz um ano e um mês. É tudo escondido, sofro muito. Como sempre, minha mãe descobre e me fala muitas coisas que me deixam triste. Minha mãe diz que preferia que eu morresse. Me ameaça, não sei mais o que fazer. Ameaça processar minha namorada. Diz que vai mandar matá-la. É muito triste. Já tentei até o suicídio duas vezes. Só de falar sobre isso já estou chorando. Queria ter uma mãe que me apoiasse, pois ela não me deixa sair, não confia em mim. Namoro um cara, um namoro de fachada, só para ela pensar que eu parei, porque não aguento mais sofrer com isso. Por favor, me ajudem, estou desesperada.”

Francisca, de 16 anos, estudante

Falta de competência

“Ela (minha mãe) é espiritualista, mãe de santo do candomblé, porém, de uma mentalidade tacanha no que se refere à sexualidade. Diz que o envolvimento amoroso entre duas mulheres se dá por conta da falta de competência para manter um relacionamento heterossexual. Afirma que a homossexualidade é doentia. Só enxerga pecado, não vê que alma não tem sexo, os amores acontecem por afinidades.”

Lorena, de 35 anos, psicóloga


Paixão na infância

“Nasci homossexual. Minhas primeiras lembranças são de quando eu tinha 5 anos e me apaixonei perdidamente pela empregada que a minha mãe acabara de contratar. Naquela época, éramos uma família de sete filhos. Somaríamos 13 alguns anos mais tarde. Embora trabalhasse sem cessar, minha mãe não conseguia dar conta de todas as tarefas. E escolheu Olga para ajudá-la. A nova empregada tinha estatura mediana, tez alva, cabelos muito negros cortados ao estilo Chanel e, apesar da juventude, um semblante sério, quase triste. Eu estava sempre por perto. Ela me acariciava de maneira delicada e, vez por outra, me dava um beijo na bochecha. Era o delírio.”

Maria Teresa, de 59 anos, professora

Fonte: Trechos do livro Entre mulheres, de Edith Modesto

Mais liberdade e menos rejeição
Homossexuais, aos poucos, ganham espaço a partir das paradas gays, que já somam 170 por ano em todo o país

Desde o início da gravidez, a mulher se pergunta se o filho será homem ou mulher, mas jamais pensa na possibilidade de que poderá ser gay. A proposta da autora do livro Entre mulheres é que as mães encarem a homossexualidade de forma mais natural, para depois não levarem um susto. Professora, pesquisadora e escritora, um dia ela se surpreendeu com a questão da diversidade sexual. “Comigo ocorreu numa época em que nem se falava nisso. Não havia gays ou lésbicas nas novelas nem nos reality shows, nada se falava sobre eles (as) nos jornais e revistas. Homossexualidade era algo que nem passava pela minha cabeça. Apesar de ser professora, o tema estava muito longe de mim. Foi assim que um tsunami passou na minha vida ao saber que um dos meus filhos, o caçula, era gay”, segreda Edith.

Na época, ela também teve dificuldade de aceitar o filho homossexual e partiu em busca de mais informações sobre o assunto, até fundar, há 10 anos, um grupo de ajuda aos pais e, há um ano, o Projeto Purpurina, que ela considera como uma unidade de terapia intensiva (UTI), “pois os adolescentes chegam muito fragilizados, com síndrome de pânico, deprimidos, anoréxicos, tristes e infelizes por causa da rejeição, principalmente da família. Muitos chegam, inclusive, falando em morte, um pensamento recorrente entre eles”. Não existem estatísticas, porque, onde há preconceito, tudo é escondido, velado e fica muito mais difícil fazer um levantamento científico, “mas, dos mais de 1 mil jovens que passaram pelo Projeto Purpurina, cerca de 7% já tentaram suicídio”, garante a professora.

O trabalho dela, então, se dá em duas frentes. A primeira em encontros com os pais, uma vez por mês, em sua casa, no Bairro Alto dos Pinheiros, em São Paulo. O Grupo de Pais de Homossexuais (GPH) desenvolve um trabalho de ajuda mútua, que se dá também via virtual. O principal objetivo é acolher os pais com dificuldades de aceitação, em qualquer estágio do processo em que estiverem. “Por meio da identificação e da solidariedade, um ajuda o outro, mesmo que somente levantando dúvidas e questões que serão pensadas e discutidas por todos. No grupo de pais, conversamos sobre o que é a homossexualidade, ouvimos desabafos, trocamos palavras de apoio, discutimos textos teóricos e tiramos dúvidas”, explica.

A outra frente é oferecer aos adolescentes gays um espaço de expressão. “No Projeto Purpurina, pratica-se o protagonismo juvenil. Os próprios jovens coordenam o trabalho, embora sejam monitorados por especialistas, quando necessário. No princípio, os rapazes eram os que mais procuravam ajuda, mas ultimamente as lésbicas também apareceram”, o que levou Edith a escrever o livro. “Em primeiro lugar, escolhi escrever porque também sou mulher. Não importa se heterossexual, bissexual ou homossexual. Sempre fomos e continuamos sendo discriminadas, apesar das aparências, que, atualmente, camuflam a verdade.”

PERDIDOS A realidade é que de um lado os pais sofrem, se desesperam e, do outro, os filhos também ficam perdidos porque não querem decepcioná-los. “Quando um filho sai do armário, a mãe entra”, ela repete a frase de que mais gosta. “Ficam com muita raiva, além de tristes e decepcionadas.”

Edith acha muito difícil ficar livre dos preconceitos. “Eles grudam mais do que chicletes no cabelo. O preconceito é muito mais uma atitude passional do que intelectual, muito mais relacionada aos sentimentos do que ao conhecimento. E lutamos contra vários preconceitos que, muitas vezes, se relacionam e se organizam em níveis de importância. Como disse uma das minhas entrevistadas no livro, que, além de mulher, é negra e lésbica”, diz.

Por uma cultura tolerante e feliz

Quem descobriu um filão na internet foi a escritora Karina Dias, de 30 anos, que assumiu ser lésbica aos 18. Carioca, ela se mudou para São Paulo, onde vive com a companheira. Num dos sites que causam um verdadeiro frisson na web, ela reconhece que a maioria de suas leitoras lésbicas sente muita dificuldade em lidar com a própria sexualidade. "Várias só conseguem viver o amor delas na internet, lendo os romances e contos que escrevo."

O sucesso na internet foi tanto que Karina encontrou um novo nicho. A Editora Malagueta acaba de publicar Aquele dia junto ao mar, uma coletânea de nove romances e um conto de temática lésbica postados na internet, entre os quais De repente é amor, Simplesmente irresistível, Quando o amor acontece.

Sócias nos negócios e casadas há seis anos, Laura Bacellar, de 49 anos, e Hanna Karich, de 53 anos, comemoram um ano de existência da Malagueta, em São Paulo, “uma editora de lésbicas para lésbicas, que oferece obras simpáticas e sem preconceito falando de amor e sexo entre mulheres”, explica Laura.

Além das duas, outras mulheres lésbicas se reúnem para escolher e publicar livros sobre a temática homossexual. “Queremos produzir livros que provoquem a imaginação, sejam divertidos e contribuam para que as lésbicas tenham uma vida feliz.”
No site www.editoramalaguet a.com.br, elas explicam por que escolheram o nome Malagueta. “Adoramos cenas quentes, daí o nome da editora, que pretende criar uma cultura lésbica brasileira tolerante e feliz.” Se depender do currículo de Laura, o empreendimento tem tudo para dar certo. Profissional respeitada no mercado editorial, com passagens pelas principais editoras de São Paulo, como a Summus, que publicou o livro Entre mulheres, de Edith Modesto. Foi Laura quem lançou o selo GLS dentro da editora paulista, o primeiro dedicado às minorias sexuais.

Segundo Laura, cultura lésbica significa “aumentar a visibilidade das homossexuais para que possam ser aceitas cada vez mais pela sociedade e por elas próprias. Diferentemente dos homens gays, somos ensinadas a ficar quietas”. Mas garante que a nova geração já começa a mudar esse comportamento, tornando-se menos invisível. “Mesmo assim, tudo o que é produzido na nossa cultura é para mulheres heterossexuais, apesar de pesquisas do porte do Relatório Kinsey, que revelam que 10% das mulheres são lésbicas.”

Laura prefere falar mais nos avanços do que nos preconceitos. Ela, por exemplo, já se envolveu no movimento pela abertura da diversidade sexual e foi uma das responsáveis pelo crescimento da Parada do Orgulho GLBT, em São Paulo, portanto, pode afirmar: “A sociedade brasileira está se abrindo para a diversidade sexual. A maior demonstração é que a parada paulista se tornou a maior do mundo em número de participantes. É impressionante como outras paradas ocorrem em todo o Brasil, em lugares distantes, como Crato, no Ceará. Em 2009, foram 170 paradas do orgulho gay pelo país, uma prova de que a sociedade está mudando e aceitando”.

INCORPORADA Como sinal de modernidade, hoje, “todo mundo tem um amigo gay, um casal de lésbicas que vai jantar na sua casa. É um bom sinal de que a homossexualidade está sendo incorporada. Ninguém mais acha que é contagiosa”. Os bolsões de resistência, segundo ela, estão nas religiões fundamentalistas, que “ainda têm muita resistência e ficam incentivando a discriminação”.

Laura e Hanna escolheram Minas Gerais para a realização de um encontro literário bastante descontraído em 6 de fevereiro. A Livraria Café com Verso, em Gonçalves, Minas Gerais, lá no alto da Serra da Mantiqueira, vai abrir as portas para uma conversa sobre literatura lésbica. Participam Karina Dias, autora de Aquele dia junto ao mar, e as editoras Laura Bacellar e Hanna, que vão ler trechos das obras publicadas. É um convite para quem quer conhecer e falar sobre esse tema.

DEPOIMENTOS

Deficiência X homossexualidade

“Quando me pediram que escrevesse um depoimento de como é ser mulher lésbica com deficiência, a ideia me pareceu ao mesmo tempo assustadora e incrivelmente atraente. E me pus a relembrar situações vividas ou percebidas, veladas ou não, vindas ora de uma vivência, ora de outra. Sou portadora de mielomeningocele congênita. Já a consciência da minha condição homossexual só se deu mais tarde, entre meus 10 e 12 anos. Mas antes que você pense que vai começar aquele papo de vítima, “coitadinha de mim, lésbica e cadeirante (amputada), um aviso: essa decididamente não sou eu. Como ativista do movimento lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) e administradora, desde 1999, acredito que entre todos os direitos que, em menor ou maior grau, são negados às pessoas com deficiência, o de viver a sexualidade é o mais importante. Quando se tem uma deficiência é comum que nos vejam como pessoas quase assexuadas, não erotizadas. Reza o senso comum que não temos desejos nem tesão. Um decreto silencioso nos nega a sexualidade.”

Priscila, de 55 anos, administradora

Mulher, negra e lésbica

“A gente não escolhe ser homossexual. Nunca. Não existe isso. As pessoas mais importantes na minha família sabem que sou lésbica. Só para um dos irmãos eu não contei. No trabalho, por exemplo, não escancaro. Tem uma amiga que sabe, mas para o resto não vou falar, porque vou me expor e tenho medo de me prejudicar em coisas que levei anos para conquistar profissionalmente. Já sofri grandes preconceitos. Sofro preconceito cotidianamente por ser negra, inclusive na minha profissão. Se souberem que sou lésbica vai ser demais. Para mim está tranquilo, está muito bem resolvido. Não está para as pessoas. Mulher, negra de lésbica é overdose.”

Roberta, de 44 anos, psicóloga

Fonte: Depoimentos do livro Entre mulheres, de Edith Modesto

13 comentários:

Anônimo disse...

Enfim, depois de ler todos esses depoimentos encontrado aqui só tenho a dizer que estou bem melhor, não escolhemos acontece alias alma não tem sexo. O preconceito sempre vai existir por mais que se passe decadas,a sociedade não só é preconceitosas só com os homossexualismo, mas com pessoas negras, deficientes, etc... Porém acredito se cada pessoa se preocupasse em copreender em vez de julgar o mundo estaria bem melhor.

Angel disse...

Anônimo disse...

Enfim, depois de ler todos esses depoimentos encontrado aqui só tenho a dizer que estou bem melhor, não escolhemos acontece alias alma não tem sexo. O preconceito sempre vai existir por mais que se passe decadas,a sociedade não só é preconceitosas só com os homossexualismo, mas com pessoas negras, deficientes, etc... Porém acredito se cada pessoa se preocupasse em copreender em vez de julgar o mundo estaria bem melhor.

Anônimo disse...

Olá, adorei o texto, quero dizer q sou lesbica, e amo mulheres amputadas.

Anônimo disse...

K

Anônimo disse...

Ola sou lesbica casada a dois anos a familia da minha companheira aceita mas a minha não, sofri muito e ainda sofro com a rejeição da minha mãe, mas abri mao da familia para viver esse amor incondicional. Amo minha companheira e somos muito felizes.

Anônimo disse...

Quero dizer que hj acho que sempre fui lebisca, só que não aceite os sinais por ser de uma epóca em que não se falava sobre isso, mas os sinais estavam lá, nunca fui namoradeira como minhas irmãs, que sáo cinco, não tinha muita vaidade d por ai, sim cheguei a me paixonar por um menino, só que não rolou nada, depois rolou um lance entre eu e meu melhor amigo e com ele me casei tive um filho, e casei com direito a tudo,e entre altos e baixo vuvemos bem ,até a dois anos atraz connhecer uma mulher, não foi amor a primeira vista mas confesso que me descobrir apaixonada por ela e desejo muito e é um sentimento que me domina e ao mesmo tempo me mete medo adoror senrir isso, o pior é sofrimento por saber que é algo impissivél e sei que é impissivél, ela pecebeu e quando nos encontramos me trata com muita educaçáo o que me fez me afastar dela, mais tive coragem e falei pra ela, a ela é uma pessoa de mente muita aberta, ela já tem um rela cionamento com uma mulher só que bem escondido e é isso vou curti essa paixão até ela passar.

Anônimo disse...

Sou lesbica cadeirante e a partir do momento q eu me assumi de certa forma assumi dizendo"sou lesbica paraplégica e foda-se. Me ame, me respeite q o sentimento vai ser rexiproco.

De tudo um pouco, Por Anna Hamil. disse...

Adoro!

Anônimo disse...

Oi galera , tanbem vivo um momento bem difícil ... eu a 2 anos me apaixonei por uma menina agente se conheceu do nada .. minha vida antes era toda baguncada ate ela aparecer .. mudei muito o meu jeito de viver por ela , planos qui não tinha em meus relacionamentos anteriores eu tive com ela .. Infelizmente a nossa familia não aceita e dai surgiram vários problemas entre agente , ela terminou comigo por causa da família e medo do qui agente teria qui enfrentar daqui pra frente msm eu querendo tentar pela gente .. o amor qui agente sente e muito grande pra fingir qui nada ta acontecendo e simplismente tentar viver de outra forma ..nao estamos mais nos falando e cada dia qui passa sinto uma parte de mim indo embora estou passando por uma fase muito turbulenta sem ela .. bom minha história essa galera so resumir msm foi bom desabafar .. bom dia a todos

Anônimo disse...

Descobri que gosto de mulher a 3 anos enfrentei uma barreira pra ficar com ela minha mãe não aceita ate hoje meu irmao só fala em me matar qualquer hora dentro da casa da minha mae estou quase entrando em depressão

Unknown disse...

Acho ótimo os relatos de vocês meninas isso mostra que o mundo LGBT não é fácil e não vai ser por muito e muito tempo ainda.lamentável mas o bom é que lendo suas estórias eu fico mais convicta de que todas são jovem guerreiras e forte o bastante para passar por essas dificuldades tanto com seus familiares quanto com os indivíduos que convivem com a gente em sociedade.
Sinto a força em cada uma de vocês💖
Eu sei que a não aprovação de muitos pais por aí seja terrível para algumas jovens isso não é fácil,pois passo por isso atualmente mas tiro de letra isso.mas não sao todas as adolescentes lésbicas que passam por cima do preconceito de seus pais,conheço relatos de muitas jovens que tentaram o suicídio tendo como uma forma de dar fim o que por dentro estar matando elas. Querem uma solução pra quele sofrimento e angústia.
Sei que estão felizes por ter a coragem de se impor as suas famílias para viver o seu grande amor sei também que muitas sofrem e também que outras já estão quase lá.
Digo sempre...um passo de cada vez um dia após o outro ter paciência não é fácil até hoje eu não tenho, mas, meninas eu coloquei minha cara no sol sabe rsrs e com um pouco de paciência as coisas vão dá certo quando vocês menos esperarem a solução vai aparecer.
Assim sobre a minha família eu sempre digo
Não quero que vocês fiquem tentado entender minha orientação,seu respeito já É o bastante é o sufisiente pra mim.

Anônimo disse...

É casa um descreve o seus casos cada caso um diferente, mais porem todos os casos sobre uma questão, que ainda está dificil essa aceitação, porem posso dizer uma coisa a vocês gente, que tem sua mãe e pai que tem seus preconceitos , quero dizer o que penso, acho que é um conselho , acho que independente de pai e mãe terem suas opniões, acho que cabem de vocês filhos , sendo maior de idade e dependendtes decicir o que querem pra si, acho que mãe colocou seu filho ou filha pra viver a vida normal de forma que ela ou ele goste e achei que é certo, pois a orientação sexual é de cada um...... acho que toda formade amor é bem vinda seja ela como for entre eles e ele e entre ela e elas..... Bom acho que aqui deixo o meu modo de pensar....

Anônimo disse...

sou lesbica cadeirante!! nao vou mudar minha opinião. ate porque nao é assim que funciona..rs

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