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domingo, 14 de março de 2010

ABGLT comunica Endemol sobre homofobia no BBB10 da TV Globo. Leia documento.

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Sr. Ynon Kreiz
Presidente e Chefe Executivo da Endemol


A ABGLT - Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais - é uma rede nacional de 237 grupos LGBT e outras organizações envolvidas com os direitos humanos e aids em geral. ABGLT tem status consultivo no Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.

Gostaríamos de felicitar a Endemol pela iniciativa dos programas Big Brother, que são um sucesso em muitos países, inclusive no Brasil.

Em particular, a 10ª edição do Big Brother Brasil (BBB 10) foi de especial relevância para a comunidade LGBT, com três dos participantes abertamente gays e lésbica. Isso tem promovido uma grande discussão entre a sociedade brasileira em geral e estamos muito gratos aos produtores programa para este espaço no horário nobre da televisão como nós acreditamos que muito contribui para a redução das atitudes negativas presentes na sociedade brasileira em relação às pessoas LGBT.

Ao contrário da Holanda, que é uma referência internacional em Direitos Humanos, onde a discriminação homofóbica é um crime e casais do mesmo sexo podem casar-se, no Brasil, ao contrário, os casais do mesmo sexo têm 78 direitos negados em relação aos casais heterossexuais. Daí a importância da discussão suscitada pelo BBB 10 no Brasil.


Infelizmente, a ABGLT tem recebido denúncias de que o processo de votação do BBB 10 tem favorecido injustamente o participante chamado Marcelo Dourado, que expressou opiniões sexuais homofóbicas, machistas e de fobia à aids no programa.

ABGLT tem buscado o diálogo com os produtores do programa e também divulgamos notas repudiando as atitudes de Dourado. Lamentamos dizer que não tivemos nenhuma resposta oficial e ainda recebemos queixas.


Como tal, gostaríamos de lhe pedir que nos ajude a dialogar com os produtores do programa, e que as denúncias que recebemos sobre a injustiça do processo de votação seja verificada. A cobertura de Marcelo Dourado (no programa) não deve ser privilegiada, principalmente quando ele usa expressões vulgares contra as mulheres, gays e lésbicas e pessoas vivendo com aids.

Com os melhores cumprimentos,

Toni Reis
Presidente da ABGLT

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