Filipe, 33 anos, técnico de informática, e Aldry Sandro, 40 anos, psicólogo e professor universitário - 11 anos de relação
“Meu namoro com o Sandro acompanha as paradas do orgulho LGBT de Brasília. O vi pela primeira vez enquanto estava carregando a bandeira do arco-íris na primeira parada da cidade, em 1998. Nem rolou paquera porque ele estava acompanhado e eu um tanto ocupado. Depois desse dia, só fui reeencontrá-lo na parada de 99. Eu estava conversando com uma amiga e ele, andando de patins. Dessa vez trocamos olhares… Ele se interessou, veio na minha direção, foi se exibir e levou um tombo digno de propaganda de Gelol. Parei pra ajudar. Ficamos. No final de semana seguinte, saímos pro cinema e nisso estamos juntos há quase 11 anos e indo pra 12ª parada.
Nesse tempo todo tivemos altos e baixos como todas as relações têm. Nós nunca fomos de muito romance, somos muito tranquilos e eu, pragmático até demais. Logo nos primeiros meses, combinamos que a relação seria aberta e quanto a isso nunca tivemos problemas. Fomos morar juntos em 2001 e mais tarde declaramos a união em cartório. Vieram conquistas profissionais, as agonias e alegrias de concursos, graduação, mestrado e doutorado. Permanecemos juntos durante todas essas alegrias e tristezas e a intenção é que nossa história siga única e cheia de conquistas. Estamos cheio de planos!”
Sílvia Gomide, 39 anos, jornalista, e Claudia Oliveira, 43 anos, servidora pública - 10 anos de relação
“Eu e Claudia estamos juntas há dez anos. Quando a gente se conheceu, por meio de amigos em comum, eu estava solteira há um tempo e ela, casada. Pouco depois, ela saiu de Brasilia e se separou. Ficamos um tempo conversando por telefone, eu fui visitá-la e ela acabou voltando, já para morar comigo.
Dia dos Namorados é meio bitter sweet [doce e amargo] para mim. Eu sempre tenho a sensação que é uma data para heterossexuais, que a gente fica meio de intrusa na festa dos outros. Nós duas comemoramos, compramos presentes e tudo, mas já tem um tempo que preferimos curtir um jantar em casa. É um data puramente comercial e toda parte com esse objetivo é voltada para casais hétero. Se eles fizessem campanhas com casais de vários tipos, seria muito mais inclusivo.”
José Pennafort, 29, cientista político, e Paulo Amorim, 44 anos, arquiteto - 7 anos de relação
“Nós nos conhecemos em maio de 2003 através do chat do Terra, o famoso Eles e Eles 1. Trocamos fotos e conversamos por horas. Era sábado. Combinamos de nos encontrar na segunda-feira. Como trabalhamos no Congresso Nacional, marcamos na Biblioteca do Senado. Desde esse dia, não nós desgrudamos. Decidimos morar juntos alguns meses após o início da relação.
Quando compramos nosso apartamento, decidimos registrar a união, que também é aceita pela Câmara dos Deputados para inclusão de dependente. Temos a felicidade de nunca termos sido discriminados a não ser em nosso primeiro Dia dos Namorados. A atendente não quis vender o presente para o Paulo. Ele só falava para ele “E o presente da sua namorada?”. Depois de perguntar umas cinco vezes eu disse: “Eu sou o namorado”. Ela virou as costas e não nos atendeu. Nossas famílias nos aceitam e tratam nossa relação de forma natural, inclusive com as crianças. Minha mãe, por exemplo, passará o Dia dos Namorados conosco.”
Fonte: Parou Tudo
domingo, 13 de junho de 2010
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1 comentários:
eu acho que pelo o fato da funcionária ter desrespeitado seu companheiro, deveria levar o fato ao gerente ou dono e até mesmo um órgão, pq burra foi ela que deixou de ganhar por olhar de uma outra forma 2 homens que se AMAM!
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