SÃO PAULO – O programa Roda Viva, exibido pela TV Cultura na noite desta segunda-feira, 21, entrevistou o candidato à presidência da República José Serra (PSDB-SP, na foto), na série de entrevistas com os presidenciáveis.
Chamado pelo colunista humorístico da Folha de São Paulo José Simão de “poleiro de tucano”, o Roda Viva contou com a participação do apresentador Heródoto Barbeiro, Luiz Fernando Rila, editor-executivo e coordenador da cobertura eleitoral do Grupo Estado, Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal Folha de S. Paulo, Vera Brandimarte, diretora de redação do jornal Valor Econômico, e o repórter especial de O Globo Gilberto Scofield.
Questionado por uma expectadora sobre o "casamento homossexual", Serra – assim como Marina Silva – diferenciou a "união civil" em relação ao "casamento" no sentido religioso. Ambos pisam em ovos nesta questão para ficar bem na fita com os LGBT e as igrejas cristãs.
“Não vejo problema nenhum de união civil. Agora a debate de casamento e não casamento é de questões religiosas, de igrejas, pois cada um tem o seu enfoque. Do ponto de vista prático, que é união civil por efeitos de direitos, de herança, isso e aquilo e etc., eu não vejo nenhuma objeção”, disse Serra. Quando questionado pelo repórter homossesxual Gilberto Scofield sobre a presença de homossexuais assumidos nas Forças Armadas, Serra foi enfático no seu posicionamento pessoal. “Não vejo problema nenhum”, disse. No entanto, complementa que se trata de uma postura das Forças Armadas. “Mas deve-se saber o que pensam as Forças Armadas. Eu não vejo problema nenhum”, complementa.
No mesmo pacote – Rapidamente, o repórter da Folha de S. Paulo Sérgio Dávila engatilhou a pergunta sobre a legalização do aborto e da maconha no Brasil. Sim, sempre estes dois assuntos chamados de “polêmicos” aparecem junto ao tema dos direitos homossexuais. Prestem atenção em como a mídia sempre coloca estes três assuntos distintos no mesmo pacote!
Serra disse que não mudaria o que há na legislação brasileira sobre o aborto, e disse não concordar com a legalização da maconha também por um viés pessoal, ao ser questionado se já havia experimentado a erva. Na resposta negativa, justificou. “Por um motivo simples: eu não fumo [cigarro]”, argumentou. Na próxima segunda-feira, 28, será a vez da candidata petista Dilma Rousseff.
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