As Transexuais e Travestis foram homenageadas no Portal do Sertão
VALDECK ALMEIDA DE JESUS
Muita purpurina, festa, alegria, fotos, fantasias e música eletrônica deram o tom da comemoração na Praça de Alimentação, no centro de Feira de Santana, no domingo (29). Muitos gays, lésbicas, travestis, transsexuais e transformistas, de Salvador e da Região Metropolitana foram à cidade demonstrar que a luta contra a homofobia não parou. O que parou mesmo foi a cidade, para assistir a mais uma manifestação a favor da vida, dos direitos humanos e das minorias.
Phabyo Ribeiro e Rafael Oliveira, presidente e vice, respectivamente, do Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH), deram início à Parada Gay com o Hino Nacional cantado por Célia Zai, cantora evangélica que além de excelente voz e simpatia contagiante sabe colocar em prática o “amor ao próximo” tanto pregado por muitas pessoas mas que, na prática, não sabem o que fazer.
A badalação, muita fechação, beijos e abraços, demonstrações de afeto em plena avenida Getúlio Vargas, além das cores vivas e muita descontração deram o clima que se seguiu até o fim da festa, por volta das 19 horas, sem nenhuma briga ou prisão, segundo os organizadores da festa. A Polícia Militar, ainda segundo o Glich, está de parabéns pelo trabalho exemplar realizado na parada gay de Feira de Santana.
Marcaram presença personalidade como Leokret do Brasil (vereadora, PR), Olívia Santana (PCdoB), Leo Dragone (ator e escritor), Valdeck Almeida de Jesus (escritor e jornalista), dentre outros. De acordo com a organização da Parada, mais de 60 mil pessoas estavam nas ruas, participando da festa.
Glich
O trabalho de afirmação da cidadania e de fortalecimento dos laços sociais é o foco da atuação do Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH). Formado por meninos-rapazes de Feira de Santana, o Glich realiza atividades voltadas, principalmente, contra a violência, discriminação e preconceito desde a fundação, em 2002. Em 2010 a Parada Gay da Princesinha do Sertão pede respeito para Travestis e Transsexuais, pessoas que precisam de apoio institucional e de reconhecimento da cidadania plena.
A discussão serve para dar visibilidade e aprofundar discussões a respeito de saúde, direito de usar o nome social, colocação no mercado formal, acesso ao serviço de saúde, dentre outros direitos previstos da Constituição Federal. A Parada Gay serve tanto de festa social como palco para a reivindicação de tratamento igual, além de dar visibilidade a uma parcela da população que nem sempre tem espaço.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
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