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domingo, 29 de agosto de 2010

Rede Afro e ABGLT estão candidatas ao CONASP

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A Rede Nacional de Negras e Negros LGBT (Rede Afro LGBT) e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) estão concorrendo ao Conselho Nacional de Segurança Pública (CONASP), que ocorre nesta segunda-feira 30. A primeira lançou uma carta e, a segunda, um vídeo., que reproduzimos abaixo. O nome indicado pela Rede Afro LGBT é o baiano Renildo Barbosa, militante da PRO HOMO e membro do colegiado do Fórum Baiano LGBT.

Carta da Rede Afro LGBT:
A Rede Nacional de Negras e Negros Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais é um fórum nacional que agrega militantes do movimento negro e LGBT na luta contra o racismo, o machismo, a lesbofobia, a transfobia e a homofobia.

Estamos pleiteando uma vaga no Conselho Nacional de Segurança Pública. Apresentamos nosso nome porque acreditamos ser fundamental a representação de uma Rede Nacional do segmento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, transversalizando a luta contra o machismo e o racismo.

As políticas de segurança pública, apesar dos avanços recentes, ainda têm se pautado pela tática repressora em detrimento da formação de uma atmosfera de paz e cidadania. Com isso, poucas iniciativas procuram superar as agressões sofridas diariamente pelo segmento LGBT. O Brasil é um dos campeões em assassinatos de travestis, transexuais, gays e lésbicas, nessa ordem de risco. O Estado contribui com essa vergonhosa liderança brasileira quando não apresenta uma política de combate aos crimes de homofobia, que envolva delegacias especializadas, formação específica para as equipes de segurança e campanhas sociais.

As travestis, profissionais do sexo ou não, reclamam da abordagem policial. As famílias de LGBT assassinadas reclamam da ausência de investigações, e consequentemente dos poucos casos solucionados para os casos. O ambiente machista da formação do agente de segurança contribui para essas falhas do Estado no provimento da segurança pública dos cidadãos e cidadãs LGBT.

Ademais, é bem verdade que a população LGBT tem sido invisível até mesmo para os movimentos sociais, que não nos inclui nas campanhas e ações de combate à violência. Temos consciência de que é preciso construir parcerias nas lutas que são de todos nós.

A Rede Afro LGBT ajuda a construir o movimento LGBT, o movimento negro, o movimento feminista e o movimento de Direitos Humanos. Não somos um recorte específico de um movimento apenas, sabemos transitar e dialogar com diversas frentes de luta, somos pontes que ligam as lutas ao ideal de paz, justiça e igualdade social.

O Conselho Nacional de Segurança Pública é um espaço importante de diálogo com o governo e os movimentos sociais, momento privilegiado para consolidar e avançar em nossas lutas próprias e nas lutas de todos nós. Podemos contribuir com esse momento.

Rede Nacional de Negras e Negros LGBT



Assista o vídeo da ABGLT.

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