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domingo, 21 de novembro de 2010

Jovem atacado na Paulista escapou da morte, diz polícia

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Após vídeo e testemunha, delegado agora fala em tentativa de homicídio

Vigia diz que vítima foi encurralada e não pôde se defender; polícia não conseguiu definir quem é quem nas imagens 


FOLHA DE SÃO PAULO

O depoimento de uma testemunha ontem à polícia de SP complicou ainda mais a situação dos cinco jovens acusados de participar de uma série de agressões na av. Paulista no último domingo.
 
Após ouvir a versão do vigia Rafael Fernandes (foto ao lado), que trabalha em um dos prédios da avenida Paulista, a polícia passou a falar no crime de tentativa de homicídio e pode levar a novo pedido de prisão ou internação dos jovens.
 
Antes, a polícia falava em formação de quadrilha e lesão corporal gravíssima. Para o delegado-assistente Renato Felisoni, se o vigia não tivesse agido em defesa da vítima, ela poderia ter morrido.
 
Fernandes disse aos policiais que interveio na agressão contra o estudante Luís, 23, e ainda questionou por que faziam aquilo. "Porque ele é "veado", teria respondido um dos jovens.
 
O relato do vigia foi dado um dia depois de imagens das câmeras do prédio serem divulgadas pelo "SBT Brasil", anteontem.
 
Ele diz que, após os três golpes com lâmpada fluorescente (que aparecem no vídeo), Luís acaba encurralado. Leva socos e chutes no rosto de três dos cinco jovens, e continua apanhando mesmo após desfalecer.
 
A polícia não conseguiu definir quem é quem nas imagens do vídeo.
 
Na semana que vem, mais duas testemunhas serão ouvidas. A busca por novas imagens continua. O inquérito deve ser concluído em uma semana.
 
O Ministério Público informou ontem que requisitou as imagens do vídeo. Haverá pedido de apreensão dos menores? "Ainda é cedo para falar", disse o promotor Tales de Oliveira, da Infância.
 
"O Ministério Público já havia pedido a internação provisória desses meninos, mas a Justiça não concordou. A posição da Promotoria, desde o início do processo, é muito clara no sentindo da necessidade da internação desses adolescentes."
 
"Uma coisa ficou clara: não ocorreu legítima defesa. A vítima não tentou investir fisicamente. Ela foi tomada de surpresa pela agressão", disse Oliveira.

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