Imagem mostra rapaz suspeito de agredir jovens na Paulista; familiares e advogados dizem que grupo não é violento (Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)
Familiares e advogados dos cinco jovens apreendidos ontem afirmam que eles não são violentos, não fazem academia ou praticam artes marciais e, ainda, nem têm estrutura física para quererem "ser valentões".
O maior deles tem 1,70 m de altura", disse o advogado Orlando Machado Júnior. "Estão todos chorando lá dentro [da delegacia]", disse.
Dois dos ataques ocorreram por volta das 6h30 próximo à estação Brigadeiro do Metrô, na av. Paulista. Os jovens, segundo a família e advogados, voltavam de ônibus de uma festa em Moema.
Parentes também afirmam que as agressões contra os outros jovens não têm nenhuma conotação homofóbica. Para o advogado, todo o problema ocorreu porque os jovens foram "flertados" pelos dois rapazes quando desceram do ônibus. Eles não teriam gostado do assédio e houve uma discussão, mas sem agressão.
Eles seguiam pela Paulista quando um amigo da primeira dupla partiu para a briga e, aí sim, houve agressão. Machado Júnior diz que o bastão de luz estava caído na rua e foi utilizado por um dos adolescentes para se defender.
Três pais dos rapazes ouvidos pela Folha [de São Paulo] também vão na mesma direção. Dizem que tudo se tratou de uma briga de jovens que bateram e apanharam também. "Hoje, às 11h07, o escrivão me ligou e disse que ele estava detido. Me faltaram as pernas. Ele estava trancafiado como bandido e começou a chorar quando me viu. Disse: 'Pai, eu ia apanhar?'", disse o pai de um dos menores.
O homem diz que o filho é um "sujeito da paz". "Posso garantir que não é homofóbico, ele convive com homossexual desde criança, meus dois filhos foram criados para não terem preconceito." Ele disse que o filho ficará de castigo e que terá de pagar, se tiver brigado mesmo.
A mãe de um dos meninos de 16 anos disse estar muito abatida e que estava surpresa com tudo isso: "Nunca fui chamada nem na escola", afirmou ela.
Outro pai de um dos meninos, que também não se identificou, disse que seu filho está ferido, nos olhos e no braço, e que todos se feriram durante a briga.
Sobre a agressão contra o lavador de carros, Gilberto Felipe Andrade, 18, os advogados negaram que os jovens tenham se envolvido nesse episódio e que o rapaz está mentindo. Isso porque, segundo eles, os jovens ficaram na festa em Moema até por volta das 6h --o que pode ser comprovado pelas câmeras do local.
Fonte: Folha de São Paulo
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