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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Censo LGBT foi apresentado à comunidade pelo NUDH

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O Núcleo de Direitos Humanos Combate e Prevenção à Homofobia (NUDH) realizou na tarde deste sábado (8) um encontro com a comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). O evento teve como objetivo apresentar o resultado do Censo realizado pelo Núcleo, entre as pessoas que compõem esta parcela da população aqui em Conquista, e assim poder orientar o planejamento e o desenvolvimento de políticas públicas realmente eficazes direcionadas para estas pessoas especificamente.

Resultado da Pesquisa:
  • A escola deveria ser um espaço para promoção do respeito à diversidade sexual, mas aparece como lugar de reprodução do preconceito e discriminação;
  • Dentre as formas de discriminação sofridas por LGBT, a agressão verbal foi apontada como a mais recorrente, seguida de ameaça e agressão física;
  • A comunidade LGBT de Vitória da Conquista espera que o NUDH desenvolva ações referentes à educação popular e de orientação às famílias, bem como o estímulo à formulação de políticas públicas;
  • Dentre as dificuldades apontadas pelos entrevistados, destacam-se aquelas relativas à representação social de LGBT (negativa em sua maioria), dificuldades relativas à aceitação da família e aquelas que apontam para impedimentos significativos ao processo de desenvolvimento humano em decorrência de ser/assumir-se LGBT;
  • Os dados demonstram uma cultura homofóbica, reproduzida de modo semelhante em espaços públicos e privados.
A Pesquisa
O Censo “Mostre Sua Cara” – como o levantamento foi batizado pela organização – buscou conhecer a população que o NUDH atende. “Era necessário conhecer o perfil dos LGBT conquistenses e também as suas necessidades, por isso idealizamos o censo”, conta Sabrina Aguiar (foto ao lado), psicóloga do Núcleo. Ela aponta ainda que esta iniciativa foi de extrema importância, já que o NUDH é a primeira e única instituição que visa ao combate da homofobia na Bahia: “O Núcleo realiza um trabalho pioneiro no estado. Então, era importante construir um banco de dados com informações sobre a situação de discriminação e violação de direitos dessas pessoas.”

O levantamento foi realizado pela equipe do Núcleo e contou com a participação de voluntários e estudantes de psicologia devidamente orientados, durante os meses de setembro e outubro de 2010. Neste período, 212 pessoas, com idade mínima de 18 anos, responderam a um questionário de 38 questões – 31 fechadas e sete abertas. As entrevistas aconteceram em lugares onde o público de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais costumam frequentar. Segundo a organização, o método utilizado foi uma adaptação de um outro, empregado pela Coordenação de Políticas para Diversidade Sexual de São Paulo.
 
Para Afonso Silvestre (foto ao lado), coordenador do Núcleo, o evento representou um esforço do poder público para se criar políticas públicas para as diversas categorias. “A gente sabe que a sociedade é composta por diversos segmentos e alguns deles são historicamente excluídos, como é o caso dos LGBT”, destaca. Dessa forma, o coordenador espera que a partir desta iniciativa haja uma participação maior do público atendido pelo NUDH. “Ninguém melhor do que nós mesmos para dizer do que precisamos. Os LGBT precisam dizer ao Núcleo o que eles querem e do que precisam. Assim, poderemos criar metas que possam ser efetivadas”, ressalta.

Fonte: site Vitória da Conquista

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